04 de julho, 2025

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Ondas de choque tratam lesões crônicas no pé e tornozelo

Ondas de choque tratam lesões crônicas no pé e tornozelo

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Uma revisão sistemática, publicada na National Library of Medicine, apontou que a tendinopatia do calcâneo e a fascite plantar estão entre as principais lesões musculoesqueléticas relacionadas à corrida.

A tendinopatia do calcâneo é uma inflamação do tendão do calcâneo, popularmente conhecido como tendão de Aquiles, uma estrutura que conecta os músculos da região posterior da perna ao calcanhar. Já a fascite plantar é a inflamação da fáscia plantar — tecido conjuntivo que suporta o arco plantar do pé

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O Dr. Gabriel Ferraz Ferreira, médico ortopedista especialista em cirurgia minimamente invasiva do pé e tornozelo, revela que a terapia por ondas de choque extracorpórea (TOC) é indicada principalmente para casos crônicos de fascite plantar, quando o processo inflamatório inicial já deu lugar a uma degeneração tecidual, ou em que o paciente já tentou tratamentos convencionais sem sucesso.

“As indicações mais bem estabelecidas envolvem casos crônicos, com sintomas persistentes há pelo menos três a seis meses. Na fascite plantar, a TOC auxilia na redução da espessura da fáscia plantar, na melhora da vascularização e na diminuição da dor”, explica o médico.

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Segundo o ortopedista, a TOC tem se consolidado como uma ferramenta segura e com bom custo-benefício em complemento à fisioterapia em quadros resistentes. Ferreira afirma que a técnica também pode ser utilizada em outras condições, como a tendinopatia de Aquiles.

“Na tendinopatia de Aquiles, a terapia atua tanto em lesões da porção média quanto na inserção do tendão, estimulando a reparação tecidual e a remodelação do colágeno. Os resultados descritos na literatura incluem melhora significativa da dor e da função, com baixo índice de efeitos colaterais”, afirma o cirurgião.

Funcionamento da TOC

Ferreira esclarece que a TOC é um tratamento não invasivo que utiliza ondas acústicas de alta energia aplicadas diretamente sobre a região afetada. Segundo ele, essas ondas geram efeitos mecânicos e biológicos nos tecidos, estimulando a regeneração, aumentando a vascularização local, modulando a inflamação e reduzindo a dor.

“O mecanismo envolve a liberação de fatores de crescimento, ativação de células responsáveis pela reparação tecidual e, em alguns casos, a formação de novos vasos sanguíneos, processo conhecido como angiogênese”, detalha o ortopedista.

A TOC se diferencia de outros métodos fisioterapêuticos ou medicamentosos usados no tratamento de dores crônicas no pé e tornozelo por agir na causa dos sintomas. “Diferente de anti-inflamatórios, infiltrações ou técnicas fisioterapêuticas convencionais, a TOC promove um estímulo físico profundo nos tecidos. A TOC tem como objetivo tratar a origem do problema, promovendo a regeneração dos tecidos afetados”, explica o médico. 

O cirurgião pontua que a terapia provoca uma resposta biológica de reparo através de microtraumas controlados, algo difícil de ser alcançado apenas com outras abordagens, como exercícios ou medicação, que buscam apenas aliviar os sintomas, principalmente nos casos crônicos.

Além da fascite plantar e da tendinopatia de Aquiles, a TOC pode ser utilizada em outras condições, como tendinopatias dos fibulares, tendinopatia do tibial posterior, fraturas com dificuldade de consolidação (pseudoartroses) e síndromes de dor miofascial na região do pé e tornozelo. A indicação exige uma avaliação clínica detalhada.

Procura pela técnica e aplicação na medicina esportiva

Ferreira identifica um aumento na procura pela técnica e acredita que o interesse crescente se deva aos resultados obtidos. “O aumento é evidente. Muitos pacientes chegam ao consultório já perguntando sobre a TOC. O principal motivo é a combinação de bons resultados clínicos, segurança do método e o fato de ser um procedimento rápido, sem necessidade de anestesia ou internação”, explica. 

Para o ortopedista, a TOC fará cada vez mais parte do arsenal terapêutico da ortopedia, principalmente para casos de dor crônica de partes moles. “Existe uma tendência mundial de buscar soluções menos invasivas e que estimulem os mecanismos naturais de recuperação do organismo. Além disso, novas aplicações vêm sendo estudadas, ampliando ainda mais as indicações”, evidencia. 

O especialista lembra que o sucesso do tratamento depende de uma boa indicação e de um plano de reabilitação bem estruturado. “Sempre avaliamos o histórico clínico, os tratamentos prévios e o perfil de cada paciente antes de decidir pela utilização desta técnica”, finaliza o Dr. Gabriel Ferraz Ferreira.

Para mais informações, basta acessar: https://drgabrielferraz.com.br/toc/

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