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O VTEXDay 2025 reforçou o papel central da inteligência artificial (IA) como elemento estrutural da nova economia digital. O evento reuniu lideranças de diversos setores, evidenciando que a IA não é mais uma tendência futura, mas uma condição presente, urgente e transformadora. O conteúdo dos dois dias, indicou que a próxima década será moldada pelas decisões que empresas e profissionais tomarem diante desse novo cenário.
A mudança foi descrita por executivos como uma “virada de era”. Um dos exemplos apresentados comparou a inteligência artificial à bandeira amarela da Fórmula 1: ela reorganiza o grid, igualando competidores. A tecnologia ressignifica a vantagem competitiva, valorizando a agilidade e o conhecimento atual em detrimento do histórico.
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Essa perspectiva foi reforçada com a analogia à eletricidade. Assim como o mundo não previa todas as aplicações da energia elétrica no início do século XX, também não se conhece totalmente o impacto da IA. No entanto, é consenso que se trata de uma ruptura comparável à da internet em seu momento de adoção massiva.
Cliente no centro e uso estratégico de dados
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A centralidade no cliente apareceu como eixo comum a diversas estratégias. O uso de dados para personalizar jornadas, estruturar programas de fidelidade e aumentar a taxa de recompra foi destacado como diferencial competitivo. Em alguns casos, campanhas baseadas em comportamento e preferências chegaram a registrar mais de 50% de retorno.
A personalização, apoiada por IA, permite transformar o relacionamento em fator de retenção, superando práticas tradicionais de engajamento. Nesse contexto, soluções desenvolvidas por empresas como a LiHai Tech vêm ganhando espaço. A companhia atua com automação de jornadas e fidelização baseada em dados, apoiando marcas na entrega de experiências mais relevantes.
Especialistas também alertam para o impacto das novas tecnologias no marketing digital. A automação de buscas e decisões de consumo tende a reduzir a eficácia de formatos convencionais de mídia, exigindo reformulações estruturais nas áreas de comunicação e performance. A fidelização passa a depender mais de vínculo relacional do que de estímulo promocional.
IA aplicada, produtividade e novas estruturas de decisão
Painéis técnicos mostraram aplicações práticas da IA em processos como migração de e-commerces completos, realizados em minutos com suporte de algoritmos. A redução de tempo e custo para executar tarefas complexas revela o potencial da tecnologia para redefinir fluxos de trabalho e modelos de negócio.
A tendência de delegar decisões de compra — seja a humanos ou assistentes digitais — ganhou destaque. A eficiência operacional passa a depender da integração entre marketing, atendimento e pós-venda. O tempo, segundo apontamentos, se consolida como a nova moeda de troca na relação com o consumidor.
Fábio Coelho, presidente da Google Brasil, reforçou que o avanço tecnológico exige capacitação. Não se trata apenas de acesso à IA, mas de saber aplicá-la. Nesse sentido, a formação técnica, aplicada à realidade de mercado, foi considerada elemento-chave para adaptação de profissionais e organizações.
Convergência setorial e novos modelos de retenção
Casos apresentados durante o evento ilustraram como setores tradicionalmente distantes estão se influenciando mutuamente. A popularização de medicamentos para emagrecimento, por exemplo, impactou companhias aéreas, moda, estética e agronegócio. Esse efeito demonstra a relevância de análises transversais apoiadas por dados — campo em que empresas como a LiHai Tech vêm estruturando soluções para diagnóstico preditivo e integração omnichannel.
Comportamentos híbridos de consumo também foram evidenciados. Apesar da preferência declarada por compras online, o varejo físico segue predominante. No entanto, grande parte das decisões é influenciada digitalmente, exigindo visão integrada de canais e atuação coordenada entre áreas comerciais e tecnológicas.
Inspiração asiática e jornada como entretenimento
A presença de plataformas como Shein, Temu e TikTok shop no Brasil foi apresentada como sinal da influência asiática na transformação do varejo. Essas empresas utilizam a gamificação como estratégia de retenção e constroem experiências em que o envolvimento emocional precede a conversão. O modelo contrasta com o foco em benefícios pontuais, como descontos ou cashback.
O dinamismo dessas plataformas destaca a importância de ciclos curtos de teste e correção, favorecendo ambientes de inovação contínua. Esse aprendizado vem sendo absorvido por empresas locais, com adaptação de técnicas e ferramentas voltadas à experiência digital, recorrência e inteligência comercial.
Caminhos futuros e o papel da IA no trabalho
O evento encerrou-se com uma reflexão sobre a curva da desconfiança tecnológica: inovações parecem improváveis até se tornarem inevitáveis. A IA está atravessando essa curva. Pesquisas mostram que, em 2025, a maioria dos usuários já não consegue distinguir interações com algoritmos de conversas com humanos.
Essa transformação aponta para mudanças profundas em todos os segmentos de trabalho. Profissionais não serão substituídos por IA, mas por quem souber orquestra-la. A qualificação contínua, o domínio das ferramentas e a capacidade de adaptação foram apontados como determinantes para relevância futura — conceito que permeou toda a programação do evento.