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A empresa de tecnologia para automação fiscal Dootax anunciou parceria com a multinacional estadunidense do setor de bebidas alcoólicas Brown-Forman para automatizar a emissão e o pagamento da Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais (GNRE). A iniciativa tem como objetivo reduzir o tempo operacional das rotinas fiscais e ampliar a eficiência no cumprimento das obrigações tributárias.
No Brasil, a Brown-Forman movimenta mensalmente entre R$ 10 milhões e R$ 15 milhões em guias. Antes da automação, o processo era realizado de forma manual, podendo levar até um dia para ser concluído, com risco de inconsistências. Com a solução da Dootax, a execução passou a ser feita em cerca de 15 minutos, com foco em maior segurança e controle das informações.
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Luis Pessoto, cofundador e head de produto da Dootax, explica que a solução de Pagamento de Tributos tem como objetivo automatizar todo o processo, da geração da guia ao pagamento. Segundo ele, o usuário pode enviar os arquivos JSON ou o XML da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) ou do Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e) via SFTP, API, upload manual ou acessar relatórios em Excel.
"A plataforma aplica RPA fiscal, uma automação que simula a ação humana nos portais governamentais, preenchendo os formulários e emitindo as guias. Na etapa final, a Dootax gera os arquivos de remessa compatíveis com o banco ou integrados ao ERP do cliente, com foco em garantir que o pagamento seja feito sem intervenção manual", detalha o profissional.
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A solução da Dootax centraliza a emissão e o pagamento das guias em uma única plataforma, dispensando o preenchimento manual e os acessos repetitivos aos portais e órgãos. Atualmente, a solução processa mais de R$ 3 bilhões em impostos por mês e é responsável por 30% das guias pagas na Secretaria da Fazenda de Pernambuco (SEFAZ-PE).
As funcionalidades oferecidas pela ferramenta são a emissão de uma grande diversidade de documentos de arrecadação, as notificações automáticas por e-mail, webhook ou diretório, a integração com os principais ERPs e sistemas fiscais, os múltiplos meios de pagamento automático, o agendamento de tarefas e a geração de relatórios.
"Essas alternativas permitem tratar diferentes tipos de guias de forma padronizada, proporcionam visibilidade das etapas do processo, podem reduzir o retrabalho da operação, disponibilizar flexibilidade conforme a realidade financeira de cada cliente e trazer rastreabilidade, gestão e compliance em tempo real", afirma o cofundador da empresa.
Impacto da automação para o setor tributário
Pessoto acredita que, especialmente para empresas de grande porte, a automação representa mais eficiência, previsibilidade e competitividade no cumprimento das obrigações tributárias, já que as funcionalidades dessas plataformas possibilitam às equipes fiscais concentrarem-se em tarefas estratégicas.
"O objetivo da Dootax é evoluir continuamente, ampliando integrações e disponibilizando soluções mais completas, de forma a acompanhar mudanças no mercado e na legislação tributária e oferecer suporte aos clientes em diversos cenários", declara o profissional.
Segundo o head de produto, a ferramenta possui ampla abrangência no atendimento a tributos municipais, estaduais e federais e, apesar de poucos documentos ainda não serem contemplados, a empresa se mantém aberta a expandir a solução conforme demandas específicas dos clientes.
Para Pessoto, a reforma tributária abrirá novas opções para automação tributária nos próximos anos no Brasil. A Dootax enxerga diversas tendências de automação, como a adoção do split payment — modelo de pagamento em que o valor de uma transação é dividido automaticamente entre diferentes destinatários.
"Quando esse modelo for implementado, será necessário reconciliar os valores repartidos entre o Fisco e o fornecedor, e como o volume de transações é enorme, somente com automação será possível garantir que o processo de repasse esteja sendo executado sem erros pela instituição financeira", esclarece o profissional.
O especialista ressalta que apesar da tentativa, com a reforma tributária, de padronizar a emissão das notas fiscais de serviço, a Dootax observa que muitos municípios preferiram manter a forma atual — em que o município fica responsável pela autorização dos documentos, em detrimento do emissor padrão nacional.
"Essa descentralização pode manter os desafios que temos atualmente para as empresas que atuam em muitos municípios e isso só pode ser resolvido com a utilização massiva de automação durante todo o fluxo de emissão e recebimento de notas fiscais de serviço", analisa Pessoto.
O cofundador da Dootax pontua ainda que há a possibilidade de os contribuintes conviverem por muitos anos com apurações paralelas para os tributos vigentes antes da reforma e os recém-criados Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e Imposto sobre Bens e Serviços (IBS).
"Para que seja possível absorver essa carga de trabalho sem aumentar o número de pessoas envolvidas nesse processo, é primordial que todas as etapas passem por um mapeamento detalhado e que a automação seja implementada sempre que possível", atesta.
Para saber mais, basta acessar: https://dootax.com.br/