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A Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT) foi instituída em 2011, pela Portaria nº 2.836 do Ministério da Saúde (MS). A iniciativa reconhece os efeitos da discriminação na saúde e busca reduzir desigualdades no acesso e na qualidade do atendimento.
O instrumento prevê medidas como a inclusão da identidade de gênero e da orientação sexual nos registros em saúde e a adoção de protocolos específicos de atendimento, reconhecendo que a condição de LGBT envolve hábitos corporais e práticas sexuais que demandam atenção específica e que, somadas ao estigma, ampliam a vulnerabilidade dessa população.
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O Dr. Rodrigo Barbosa, cirurgião e fundador do Instituto Medicina em Foco, explica a importância de garantir um atendimento de saúde inclusivo e humanizado para a população LGBTQIA+ no Brasil.
"Garantir um atendimento inclusivo é uma questão de justiça social. A medicina tem o dever de acolher a diversidade com profissionalismo e respeito. Cada corpo, identidade e vivência merece ser visto de forma singular. Quando se acolhe com empatia, os desfechos clínicos melhoram e o vínculo terapêutico se fortalece", afirma Barbosa.
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O Dr. Diego Gardenal, psiquiatra especialista em saúde LGBTQIA+ do Instituto Medicina em Foco, aponta os principais obstáculos enfrentados por essas pessoas ao buscar atendimento de saúde.
"Muitos pacientes relatam experiências de desrespeito, como o uso incorreto de pronomes, negação da identidade de gênero ou invisibilização de suas queixas. Isso, somado ao despreparo de parte da equipe técnica, gera um trauma que afasta essas pessoas do cuidado", revela o médico.
O psiquiatra ressalta que o preconceito dentro do ambiente médico afeta a saúde mental e física dessa população. "A discriminação médica leva à chamada ‘evitação do cuidado’, em que o paciente deixa de ir ao médico por medo. Isso perpetua quadros depressivos, transtornos de ansiedade e contribui para o agravamento de condições clínicas", conta.
Um levantamento da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e da Universidade de São Paulo (USP) aponta que a população LGBTQIAP+ enfrenta desigualdade, estigma e discriminação, o que dificulta o acesso à saúde e contribui para taxas mais altas de problemas de saúde físicos e mentais.
A Dra. Antonela Siqueira, endocrinologista e especialista em hormonização trans do Instituto Medicina em Foco, pontua como a falta de capacitação dos profissionais de saúde impacta o cuidado com pacientes LGBTQIA+.
"A ausência de preparo específico resulta em abordagens inseguras, desatualizadas e, por vezes, danosas. Na hormonização, por exemplo, erros simples podem gerar riscos sérios. A formação médica precisa evoluir para incluir as demandas da população trans e não binária com ciência, mas também com escuta ativa e respeito", observa Siqueira.
Núcleo de Acolhimento à Diversidade (NuAD)
O fundador do Instituto Medicina em Foco acredita que a carência de acolhimento nos serviços tradicionais têm impulsionado o surgimento de clínicas voltadas exclusivamente para o público LGBTQIA+.
"É uma situação gerada pela necessidade. O paciente LGBTQIA+ quer, e tem direito, a um ambiente onde sua saúde não seja atravessada pelo julgamento. Essa nova geração de clínicas tem um papel social essencial".
O Instituto Medicina em Foco criou uma frente de cuidado integral e humanizado, voltada exclusivamente à saúde da população LGBTQIA+, a partir da percepção da demanda crescente por um espaço seguro para este grupo. O Núcleo de Acolhimento à Diversidade (NuAD) reúne um time multidisciplinar de especialistas que buscam promover o acolhimento e a inclusão no atendimento para a promoção da qualidade de vida e respeito à diversidade.
A Dr. Antonela Siqueira, endocrinologista e especialista em harmonização de pessoas trans, do Instituto, conta como foi pensada a estrutura e a equipe do NuAD, com objetivo de garantir um atendimento verdadeiramente inclusivo.
"O NuAD foi montado com base na escuta das demandas reais da comunidade. Desde a recepção, passando pela triagem até a cirurgia, tudo foi desenhado com objetivo de que o paciente se sinta respeitado e compreendido. Temos psicólogos, psiquiatras, cirurgiões, endocrinologistas, urologistas e ginecologistas", detalha Tavares.
O Dr. Alexandre Ferrari, proctologista e especialista em saúde do homem gay do Instituto Medicina em Foco, destaca que o NuAD oferece atendimento para todas as letras da sigla LGBTQIA+, com adaptação dos serviços para cada realidade. Segundo o médico, cada identidade e orientação tem suas especificidades.
"Cuidamos da saúde sexual de homens gays com foco em prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), realizamos exames proctológicos, tratamos mulheres lésbicas com atenção às particularidades ginecológicas, acompanhamos pessoas trans no processo de transição hormonal, cirúrgico, reprodutivo e vocal", esclarece Ferrari.
Equipe Médica e de Especialistas do NuAD
Dr. Rodrigo Barbosa – Proctologista, especialista em saúde LGBTQIA+ Dr. Vinicius Borges (@doutormaravilha) – Infectologista especialista em HIV Dra. Antonela Siqueira – Endocrinologista, especialista em saúde trans e terapia hormonal Dr. Paulo Barreto – Urologista, especialista em cirurgias de redesignação sexual Dr. Eduardo Baracat – Ginecologista, referência em ginecologia para a saúde LGBTQIA+ Dr. Leonardo Miggiorin – Psicólogo e ator, especialista em psicodrama e terapia de grupo LGBTQIA+ Dr. Diego Gardenal – Psiquiatra, especialista em saúde mental LGBTQIA+ Dra. Daniela Galli – Fonoaudióloga, especialista em terapia vocal para pessoas trans Dra. Isabela Tavares – Otorrinolaringologista, especialista em cirurgias da voz para pessoas trans
Dr. Guilherme Teixeira – Cirurgião Plástico Especialista em Mamas de pessoas trans Jessica Gomes – Fisioterapeuta pélvica, com foco em saúde LGBTQIA+ Dr. Alexandre Ferrari – Proctologista com atuação voltada à população LGBTQIA+