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Apesar do crescimento acelerado e das inovações que vêm transformando a engenharia civil, a construção pré-fabricada ainda convive com uma série de mitos que limitam sua adoção mais ampla, principalmente nos segmentos residencial e comercial.
Dados da Mordor Intelligence apontam que o mercado global de construção pré-fabricada tende a crescer nos próximos anos. A estimativa é de que o segmento atinja US$ 30,93 bilhões até 2029, impulsionado por um crescimento anual médio de 6,23%. Essa projeção reflete o interesse crescente por soluções construtivas mais rápidas, com menor impacto ambiental e maior previsibilidade de custos e prazos.
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Ainda assim, um dos mitos mais comuns associa as construções pré-fabricadas à baixa qualidade, pouca durabilidade ou que servem apenas para galpões ou obras industriais, avalia o engenheiro civil da Garder Engenharia, Pedro Santana. “Essa ideia vem de práticas antigas e soluções precárias utilizadas décadas atrás, quando o modelo era aplicado com menos rigor técnico e baixa padronização”, explica.
“Hoje, com a evolução dos processos industriais, o uso de concretos de alta performance, controle de qualidade em ambiente fabril e sistemas de montagem otimizados, a durabilidade e a qualidade estrutural são frequentemente superiores à da construção convencional”, acrescenta.
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Outro ponto sensível é a ideia de que construções modulares são todas iguais ou limitam a criatividade do projeto. De acordo com o engenheiro, mesmo que os elementos sejam pré-fabricados, não há impedimento para a personalização de layout, acabamento e volumetria arquitetônica.
“A precisão da produção em fábrica garante qualidade, enquanto o projeto arquitetônico traz a flexibilidade que o cliente espera”, afirma. A combinação entre precisão fabril e liberdade de projeto também tem ampliado o campo de aplicação desse método. Segundo Santana, ainda é comum associar o pré-fabricado apenas a obras industriais, no entanto o sistema tem avançado para residências de alto padrão, escolas, hospitais e edifícios comerciais.
“Entre os atrativos estão a redução do tempo de obra, menor interferência no entorno, previsibilidade de custos e ganhos logísticos”, explica.
Já o engenheiro civil Daniel Matos, também membro da Garder Engenharia, recomenda que, na hora de comparar valores com a construção convencional, o cliente observe o custo total da obra e não apenas o valor por metro quadrado. “Isso inclui economia com mão de obra, redução de retrabalho e desperdícios, além da possibilidade de colocar empreendimentos para funcionar antes do previsto, especialmente em empreendimentos com foco em retorno rápido”, revela.
Como demonstrar corretamente as inovações da engenharia?
Para tentar derrubar preconceitos, empresas do setor têm investido em comunicação técnica, abertura de obras para visitação e atendimento consultivo. “Grande parte da resistência ainda vem do desconhecimento”, explica Matos. “Quando o cliente entende o processo, percebe que o sistema é robusto, eficiente e adaptável”, completa.
De acordo com os engenheiros da Garder, entre as inovações mais recentes se destacam o uso de BIM (Modelagem da Informação da Construção), automação dos processos fabris, concretos com aditivos especiais, conexões metálicas e fundações otimizadas.
“Tais avanços reforçam o potencial da construção pré-fabricada como uma alternativa segura, moderna e estratégica. Ao conhecer o sistema em detalhes, o cliente percebe que os receios vêm mais do desconhecimento do que de problemas reais”, avalia Santana.
À medida que o setor busca consolidar sua reputação, o desafio continua sendo informar, demonstrar e desmistificar. “A construção modular e pré-fabricada não é apenas um método alternativo: é uma resposta concreta às demandas de um mercado cada vez mais exigente em agilidade, qualidade e sustentabilidade”, conclui o especialista.
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