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Mais brasileiros têm aderido a consórcios: no primeiro semestre de 2025, por exemplo, foram contratados mais de R$ 222 bilhões em créditos, o melhor desempenho dos últimos 20 anos. Em junho, o número de participantes ativos chegou a 11,8 milhões, crescimento de 10,8% em comparação com o mesmo mês de 2024. Os dados são da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC).
Ao mesmo tempo em que a adesão cresce, clientes podem ter dúvidas sobre como funciona caso desistam de adquirir o veículo, imóvel, eletroeletrônico ou outro bem que havia motivado a entrada no consórcio.
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De acordo com André Oliveira, sócio da Consórcio Fast, empresa especializada em compra de cotas de consórcio, a desistência geralmente é influenciada por fatores como perda de renda, desemprego, aumento do custo de vida ou mudança de prioridades do cliente, quando outros projetos passam a ser mais urgentes.
"É possível pedir a desistência formal e aguardar a devolução, vender ou transferir a cota para outra pessoa — o que costuma ser mais rápido — ou até negociar ajustes diretamente com a administradora", explica Oliveira.
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A transferência pode ser feita para pessoa física ou jurídica, que assume as parcelas restantes mediante a administradora do consórcio. "Quem desiste tem direito aos valores pagos do fundo comum, no entanto, não de forma imediata, mas com descontos de taxa de administração, fundo de reserva e, em alguns casos, multa", esclarece o sócio da Consórcio Fast.
A opção de venda não é exclusiva de consórcios contemplados (quando o cliente recebeu a carta de crédito e já pode adquirir o bem), salienta Oliveira. Consórcios não contemplados também podem ser vendidos e, em alguns casos, até mesmo por valores superiores ao que foi investido até o momento.
Segundo Oliveira, quanto mais próximo o grupo estiver do encerramento, maior a chance de a contemplação ocorrer em breve — o que atrai compradores dispostos a pagar um valor maior para entrar no consórcio.
Outro fator que influencia no valor são os períodos em que a procura por imóveis ou veículos está em alta. O executivo explica que, quando o mercado está valorizado, há compradores que preferem adquirir uma cota adiantada a entrar em um grupo do zero. Consequentemente, o valor aumenta.
Antes de colocar a cota à venda, o consorciado deve conferir no contrato quais são as condições para a transferência. Algumas administradoras cobram taxas ou têm exigências específicas que podem impactar no custo final. Ter extratos atualizados e comprovantes organizados também pode agilizar a avaliação e evitar surpresas na hora de fechar o negócio.
"O mais importante é fazer a venda a empresas com histórico positivo, boa avaliação no Google, pesquisando o quadro societário. Só assine contratos após receber todo o valor acordado, garantindo segurança jurídica e evitando golpes. Para quem pensa em pausar o consórcio ao invés de desistir definitivamente, é possível negociar as parcelas vencidas ou reduzir o crédito, dependendo das regras de cada administradora", detalha Oliveira.
"O consórcio é um planejamento de longo prazo, mas imprevistos acontecem. Por isso, é importante o cliente estar corretamente orientado para que tome a melhor decisão, seja continuar, ajustar ou encerrar sua cota", complementa.
Para saber mais, basta acessar o site da Consórcio Fast: https://consorciofast.com.br/