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Segundo notícia publicada no g1, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, no mundo, existam 70 milhões de pessoas com o transtorno do espectro autista (TEA), sendo 2 milhões só no Brasil, condição que afeta a forma como o indivíduo percebe, se comunica e interage com o mundo.
Outra informação relevante é que o diagnóstico tem se tornado mais frequente nos últimos anos. Dados divulgados pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos mostram que uma em cada 36 (2,8%) crianças de oito anos foi identificada com transtorno do espectro autista (TEA). Os números são superiores à estimativa anterior feita no ano de 2018, que encontrou uma prevalência de 1 em 44 (2,3%).
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Diante dessa crescente demanda, o papel do psicólogo especializado se torna ainda mais necessário. É o que defende Nicolle Sales Póvoa Goulart, psicóloga formada pela PUC-GO e com pós-graduação em Análise do Comportamento Aplicada (ABA) pela Faculdade de Santo André. Com formação voltada ao atendimento de pessoas com desenvolvimento atípico, Nicolle atua diretamente com crianças e adolescentes dentro do espectro, priorizando intervenções individualizadas e com base científica.
“Faço um trabalho pautado na união entre a minha formação técnica em Análise do Comportamento Aplicada (ABA) e um atendimento humanizado, que respeita as singularidades de cada criança e família”, afirma Nicolle.
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Na prática clínica, Nicolle realiza atendimentos individuais, elabora programas personalizados com metas comportamentais, treina acompanhantes terapêuticos e participa de reuniões clínicas com equipes multidisciplinares e familiares. A coleta e análise contínua de dados permitem avaliar com precisão o progresso das intervenções, sempre com foco na funcionalidade e qualidade de vida.
“Não se trata apenas de ensinar comportamentos, mas de promover autonomia, inclusão e desenvolvimento real. Cada avanço, por menor que pareça, representa uma conquista para a criança e para todos ao redor”, explica.
Entre suas principais realizações, Nicolle destaca acompanhamentos com evolução significativa na linguagem verbal, redução de comportamentos disruptivos como auto e heteroagressividade, e progresso em habilidades de vida diária — como alimentação independente, uso do vaso sanitário e aceitação de medicamentos. Ela também contribuiu diretamente para o avanço técnico das ATs sob sua supervisão e participou ativamente de eventos internos de atualização clínica.
A profissional acredita que o sucesso da intervenção depende tanto da técnica quanto do vínculo. “A relação terapêutica precisa ser acolhedora e baseada na confiança. É isso que nos permite avançar de forma consistente”, reforça.
Com o crescimento do número de diagnósticos e o aumento da procura por atendimentos qualificados, Nicolle vê na prática baseada em ABA uma ponte entre ciência e cuidado.
A ABA, ou Análise do Comportamento Aplicada, é uma abordagem terapêutica baseada em evidências científicas, que utiliza princípios do comportamento para promover o desenvolvimento de habilidades e reduzir comportamentos prejudiciais. As intervenções são estruturadas, mensuráveis e adaptadas às necessidades de cada indivíduo. “É possível trabalhar com rigor técnico sem perder a empatia. E é exatamente aí que acontece a transformação”, conclui.