Anúncios
Nos últimos anos, o cenário corporativo passou por transformações que estão exigindo abordagens mais ágeis e dinâmicas para capacitar talentos. De acordo com o estudo desenvolvido pela Nower by K21, especializada em consultoria empresarial e treinamentos corporativos, o consumo acelerado de conteúdo e o avanço da tecnologia, impulsionados pelo uso da Inteligência Artificial (IA), desafiam empresas a reinventar métodos de ensinar e aprender para acompanhar a velocidade das mudanças organizacionais.
Segundo o Relatório do Fórum Econômico Mundial – The Future of Jobs 2025, as habilidades aprendidas estão se tornando obsoletas em um prazo cada vez mais curto. Estima-se que, globalmente, 39% das habilidades atuais estarão defasadas até 2030.
Anúncios
Maira Flor, especialista em Design Thinking com IA e Trainer na Nower, aponta que “com a tecnologia impulsionando mudanças cada vez mais rápidas, os formatos de aprendizado mais curtos e dinâmicos, como o microlearning, se tornarão predominantes. No entanto, vejo essa transformação indo além de um simples modelo educacional — ela reflete uma mudança cultural profunda na maneira como lidamos com o conhecimento e nos adaptamos às novas realidades.”
A pesquisa de Tendências de Educação Corporativa aponta as principais tendências que devem direcionar o trabalho de profissionais de RH e Treinamento e Desenvolvimento (T&D) nos próximos anos, conduzindo para um futuro onde aprendizado contínuo, tecnologia e bem-estar serão pilares estratégicos.
Anúncios
Dentre as tendências que devem impactar a educação corporativa nos próximos anos, o estudo aponta como as principais:
- Microlearning e Nanolearning: aprendizado rápido e sob demanda
Com a rotina cada vez mais acelerada, treinamentos longos perdem espaço para formatos curtos e altamente aplicáveis. O microlearning, com módulos de cinco a quinze minutos, e o nanolearning, com conteúdos de menos de cinco minutos, garantem aprendizado ágil e de fácil retenção. Esses modelos aumentam o engajamento e retenção de informações, além de proporcionarem maior flexibilidade de estudo. - Inteligência Artificial personalizando a aprendizagem
Plataformas baseadas em IA permitem adaptar o ensino ao perfil de cada colaborador, tornando o aprendizado mais eficiente e direcionado. Algumas startups como a Docebo e Pluralsight estão investindo nesse modelo. Uma das principais apostas é que dessa forma será possível medir mais precisamente o impacto de cada treinamento na gestão de desempenho dos colaboradores. - Saúde mental e bem-estar como prioridade no aprendizado
Com o aumento do estresse e do burnout, treinamentos voltados para habilidades socioemocionais estão ganhando espaço. Dentre os benefícios de investir no assunto estão a redução do stress e aumento de engajamento, além de impacto positivo na satisfação dos colaboradores e, consequentemente, maior retenção de talentos. - Upskilling e Reskilling: desenvolvimento contínuo de habilidades
O avanço tecnológico exige que as empresas invistam constantemente na qualificação de suas equipes. O upskilling (aprimoramento de habilidades) e o reskilling (requalificação para novas funções) são estratégias essenciais para manter a competitividade e adaptabilidade da organização.
De acordo com Rafaela Fonseca, Sócia e Head de Estratégia de Portfólio da Nower, “a aplicação de Jornadas de Aprendizagem completas que mesclam microlearning, nanolearning e workshops de curta duração para assuntos como Liderança, Gestão de Pessoas e Gestão de Produtos é essencial para criar um ambiente de aprendizado contínuo”.
- Aprendizagem orientada à andragogia
A educação corporativa do futuro se baseia nos princípios da andragogia, ciência de facilitar a aprendizagem de adultos, que prioriza a autonomia, a experiência prévia, relevância do conteúdo e motivação intrínseca.
Raphael Montenegro, Sócio e Head de Consultoria da Nower, reforça que a “Andragogia é sobre respeitar o conhecimento prévio que o adulto traz, incorporar suas motivações e vivências, para, assim, potencializar o aprendizado colocando o aluno como protagonista e agente autônomo do processo de aprendizagem. Através desse modelo, a capacidade de evolução e impacto vão muito além da sala de aula. É entender que esse aluno já aprendeu, está aprendendo e continuará depois, por muito tempo, se priorizarmos um ensino focado em resolução de problemas, mais do que absorção de conteúdos.”
A pesquisa da Nower aponta que a transformação da educação corporativa já está acontecendo e profissionais de RH e T&D que adotam essas tendências fortalecem sua estratégia de desenvolvimento e garantem que suas lideranças e equipes estejam preparadas para os desafios do futuro.
“O mais importante para os profissionais de Treinamento e Desenvolvimento em 2025 é dar acesso a diferentes formatos de treinamentos e conteúdos, que são capazes de atender a necessidade de prática e utilização rápida dos conhecimentos pelos colaboradores. Jornadas Híbridas, mesclando conteúdo presencial, ao vivo e gravado são uma ótima opção para isso.”, afirma Daniela Prevot, Consultora e trainer de Comunicação Assertiva e Empática para o Trabalho.
A pesquisa pode ser acessada em: Tendências de Educação Corporativa.