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Nos últimos anos, o segmento de Veículos Pesados do Sistema de Consórcios vem apresentando alterações nos bens objetos das adesões dos planos aos grupos em andamento. Os focos principais dos consorciados que vinham sendo o transporte rodoviário de cargas passaram a ser os equipamentos destinados ao agronegócio.
A tradicional maior presença dos participantes com objetivo de adquirir caminhões, visando renovar ou ampliar suas frotas, que representava aproximadamente dois terços da movimentação total, vem sendo gradativamente substituída de forma crescente por aqueles que desejam comprar máquinas agrícolas, até então com um terço.
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Esta inversão de tendência coincide com o forte crescimento do agronegócio, cuja participação no PIB, entre 2017 a 2024, que era inicialmente de 21,6%, saltou para 26,6%, e fechou esse período em 23,2%. Para este ano, a expectativa é chegar próximo aos 30,0%.
As características de planejamento das atividades de agricultura e pecuária contribuem para que a aquisição das máquinas pelo Sistema de Consórcios seja o melhor caminho para o produtor.
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Ao se destacar como o segmento com maior evolução na economia nacional, o agro vem batendo recordes de safras e assumindo lideranças mundiais de exportações de vários produtos, além de impulsionar os diversos elos da cadeia produtiva.
Luiz Antonio Barbagallo, economista da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC), comenta que “os empresários desse importante setor da economia nacional vem considerando o consórcio como um dos fatores importantes para investimentos na atualização de seus equipamentos, que agregam alta tecnologia e produtividade, e aliadas à economia, traduzem -se em melhores resultados financeiros.”
“O agronegócio, carro chefe do crescimento econômico, tem no consórcio um aliado que une baixo custo mensal e final, prazos longos e várias formas de pagamento. Essas peculiaridades possibilitam mais competitividade nos mercados interno e internacional”, diz Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC.
O setor agrega cada vez mais tecnologia ao investir, via consórcio, em máquinas e implementos agrícolas, agribots ou agrorrobôs, equipamentos como drones, dosadores de precisão, sensores, entre outros. A substituição dos métodos tradicionais promoveu melhor eficiência, manejo e redução de custos, colocando o agronegócio brasileiro entre os mais competitivos do mundo.
Em paralelo ao avanço do agronegócio, em oito anos o desempenho do consórcio de máquinas agrícolas apresentou trajetória ascendente em participantes ativos no segmento de veículos pesados.
Dos 33,8% de participação no total de veículos pesados no ano de 2017, a presença dos consorciados de máquinas agrícolas foi paulatinamente se ampliando até chegar aos 50,8% em 2023, ano em que ultrapassou as cotas ativas de caminhões.
Paralelamente, outros bens pesados como implementos agrícolas e rodoviários, ônibus, embarcações e aviões, que respondiam por 15,1% do total, caíram para 8,3% em 2023.
Rossi complementa destacando que “o consórcio, um sistema de autofinanciamento originalmente brasileiro, criado há mais de sessenta anos, além de ser importante e popular mecanismo de aquisição de bens e serviços, contribui também para o agronegócio, gerando progresso econômico”.
Peculiaridades do consórcio de máquinas agrícolas
Ao considerar os recentes dados divulgados no relatório do Banco Central sobre veículos pesados, é possível estimar que, atualmente, há 51,0% de consorciados de máquinas agrícolas, 41,0% de caminhões e 8% de outros equipamentos.
Desta forma, apoiados nos dados do primeiro semestre deste ano, os pesados, que somaram 898,50 mil participantes ativos, distribuem-se em 458,24 mil participantes de máquinas agrícolas, 351,99 mil de caminhões e 88,27 mil relativos a outros veículos e máquinas pesadas.
O consórcio no agronegócio tem, entre os cotistas, dois terços de pessoas físicas e um terço de pessoas jurídicas, com 90,0% dedicados à produção agrícola e 10,0% à de origem animal.
Com maior presença nas regiões Sudeste e Sul, embora também em menor número nas outras regiões do país, o consórcio tem, na liberdade e flexibilidade, algumas de suas vantagens, pois os consorciados contemplados podem utilizar seus créditos para a compra de maquinários novos ou seminovos. Os destaques ficam para os tratores, colheitadeiras, semeadoras e preparadoras. No entanto, o autofinanciamento também pode ser utilizado para ampliação de instalações, transportes, serviços e eletroeletrônicos.
Além das características já mencionadas, os baixos custos e a atualização do crédito, somados ao poder de compra à vista, tornam o mecanismo uma ótima opção para os participantes. Face às variedades de culturas e de épocas de semeadura e colheita, tanto na monocultura como na policultura, e ainda nas criações da pecuária, existem diversas formas de pagamento das parcelas dos consórcios:
1 – Pagamentos normais
2 – Pagamentos por safra – pagamentos anuais
3 – Pagamentos por safra – adiantamentos – pagamento trimestral ou semestral, e
4 – Meia parcela (reforço trimestral ou semestral).