17 de março, 2025

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Escassez de talentos segue em alta no Brasil

Escassez de talentos segue em alta no Brasil

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A escassez de talentos, ou seja, a dificuldade das organizações em encontrar profissionais com as competências necessárias, permanece alta no Brasil, estabilizando-se em torno de 80% (81% em 2025), índice acima da média mundial de 74%. Os números são de um relatório divulgado recentemente pelo ManpowerGroup, empresa global de soluções de força de trabalho. Alemanha (86%), Israel (85%) e Portugal (84%) apresentam os maiores índices de escassez, enquanto o Brasil ocupa a 7ª posição no ranking mundial (81%). 

“Os dados reforçam a importância de investimentos em capacitação profissional e de um alinhamento mais eficiente entre as demandas do mercado e o sistema educacional. Apesar da estabilização, que pode indicar avanços em desenvolvimento e atração de talentos, ainda enfrentamos desafios significativos para mudar esse cenário”, comenta Wilma Dal Col, diretora de Gestão Estratégica de Pessoas no ManpowerGroup Brasil

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Entre os setores mais afetados por essa questão no Brasil estão Transporte, Logística & Automotivo (91%), Finanças & Imobiliário (86%), Energia & Serviços de Utilidade Pública (85%), Tecnologia da Informação (84%), Indústria & Materiais (80%), Bens de Consumo & Serviços (78%), Saúde & Ciências da Vida (77%) e Serviços de Comunicação (69%). 

O estudo também revelou a escassez de talentos nas diferentes regiões do Brasil. A cidade de São Paulo apresenta o maior índice, com 88% dos empregadores relatando dificuldades em encontrar profissionais com determinadas habilidades. No estado de São Paulo, excluindo a capital, o índice é de 84%. A lista segue com Minas Gerais (83%), Paraná (75%) e Rio de Janeiro (74%).  

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Para Wilma Dal Col, a escassez de talentos é um dos maiores desafios enfrentados por empregadores no Brasil e no mundo. “A rápida transformação digital, as mudanças demográficas, a globalização e a crescente complexidade das demandas organizacionais tornam ainda mais desafiadora a busca pelos profissionais ideais para atender às exigências do mercado atual”, explica. 

Para enfrentar esse desafio, as organizações investem em estratégias para atrair, reter e desenvolver talentos. Entre as principais iniciativas adotadas no Brasil estão upskilling e reskilling dos colaboradores (40%); a busca por novos pools de talentos (26%); maior flexibilidade de localização, como trabalho híbrido ou remoto (24%); e a flexibilização de horários (20%). Em seguida, vêm os ajustes salariais para maior competitividade (19%); os anúncios pagos para divulgação de vagas (17%); a terceirização de funções (17%); e a adoção do Recruitment Process Outsourcing (RPO) (16%). 

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