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Entre os indicadores que impactam os investimentos em imóveis, está a Selic, taxa básica de juros da economia. Ela é definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) e serve como parâmetro para os demais juros ativos no país, como os de empréstimos e financiamentos. Atualmente, a Selic está em 15% ao ano.
Como explica Flávio Silva Pimenta, advogado e sócio-fundador do escritório Silva Pimenta, a relação entre a taxa Selic e o custo dos financiamentos imobiliários no Brasil é direta.
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Quanto maior a Selic, maior a taxa cobrada pelos bancos e mais alto o Custo Efetivo Total (CET) do financiamento. Por outro lado, quando a Selic cai, as taxas tendem a recuar e o crédito fica mais acessível.
A queda ou elevação pode influenciar na decisão de investir em um consórcio em vez de um financiamento imobiliário. "Com a Selic alta, o financiamento encarece e o consórcio ganha atratividade por não ter juros bancários (há apenas taxa de administração); com a Selic em queda, o financiamento volta a ser competitivo pela posse imediata do imóvel a um custo menor", diz Pimenta.
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O sistema de consórcio, ao qual o profissional faz referência, funciona como uma poupança coletiva organizada. Nele, várias pessoas contribuem mensalmente para formar um fundo comum. Com esse fundo, os participantes contemplados com cartas de crédito usadas para comprar imóveis.
"No consórcio, paga-se fundo comum mais taxa de administração (e, se houver, fundo de reserva/seguros), que remuneram a administradora e corresponde a um percentual sobre a carta de crédito. O valor é diluído nas parcelas, geralmente em torno de 15% a 20% do valor da carta ao longo de todo o plano. Isso precisa entrar no cálculo de quem compara o consórcio com o financiamento", lembra Pimenta.
Ele acrescenta que, no financiamento, os bancos ajustam os juros conforme o ciclo da Selic. Já no consórcio, a taxa de administração não segue a Selic e a influência é indireta, seguindo correções por números do setor, como o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC).
"O consórcio favorece quem pode esperar a contemplação, busca planejamento de longo prazo e quer evitar juros bancários em ambiente de Selic alta. O financiamento é visto como mais vantajoso para quem precisa do imóvel agora ou encontra taxas competitivas em cenário de Selic em queda, desde que tenha fluxo de caixa para parcelas maiores", avalia o advogado.
Para quem deseja investir em imóveis como forma de proteção patrimonial, avaliar o impacto da Selic no longo prazo antes de decidir pela modalidade de aquisição é fundamental, diz Pimenta.
"Projetar cenários de alta ou baixa de juros evita surpresas com parcelas e garante que a decisão proteja o patrimônio no tempo. Recomendo comparar números reais (CET do financiamento versus taxa de administração e correções do consórcio) e ajustar a estratégia ao ciclo de juros", pontua ele.
Para saber mais, basta acessar o site do escritório Silva Pimenta:https://silvapimenta.com.br/