28 de julho, 2025

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Equipamento brasileiro filtra CO₂ e poluentes

Equipamento brasileiro filtra CO₂ e poluentes

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Uma startup brasileira desenvolveu uma tecnologia capaz de filtrar gases poluentes e capturar dióxido de carbono (CO₂), com potencial de aplicação em diversos setores industriais. O equipamento compacto e patenteado da GLR Tech vem sendo reconhecido internacionalmente por sua capacidade de mitigar emissões em fontes estacionárias e móveis. A solução integra-se às discussões sobre metas climáticas e novas regulamentações globais, incluindo aplicações em motores, caldeiras e fornos industriais.

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a poluição do ar causa cerca de 7 milhões de mortes prematuras todos os anos, especialmente em países de baixa e média renda. O sistema desenvolvido pela GLR Tech atua lavando gases como óxidos de nitrogênio (NOx), monóxido de carbono (CO), dióxido de enxofre (SO₂) e material particulado, ao mesmo tempo em que evita a formação de chuva ácida e captura o CO₂.

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O filtro pode ser aplicado em setores como papel e celulose, óleo e gás, indústria de vidro, cimento, alimentícia, química, farmacêutica, transporte ferroviário, rodoviário e marítimo. Os gases capturados são transformados em resíduo rico em componentes químicos, reaproveitados como insumos industriais, o que pode contribuir para a economia circular. No setor naval, o uso do sistema busca evitar multas por emissões excedentes. De acordo com ClimaInfo, a partir de 2028, grandes navios com volume bruto superior a 5 mil toneladas deverão adotar combustíveis com menor pegada de carbono. A Organização Marítima Internacional (OMI) estima que essas embarcações sejam responsáveis por 85% das emissões do transporte marítimo internacional.

“Ainda existe uma enorme lacuna de custo entre os combustíveis fósseis e os combustíveis de emissão zero, e precisamos fechar essa lacuna. Portanto, precisamos de incentivos e punições, e no transporte marítimo, a punição ainda não é tão grande para usar combustíveis sustentáveis”, afirmou Refke Gunnewijk, gerente de indústria limpa e transporte do Porto de Roterdã, em entrevista à BBC.

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A descarbonização do transporte marítimo é um desafio para o Brasil, que depende desse modal para cerca de 95% do seu comércio exterior. Atualmente, a maior parte da frota brasileira utiliza óleo combustível (bunker oil), um dos combustíveis mais poluentes. Enquanto setores como o rodoviário e o aéreo contam com políticas de incentivo a biocombustíveis, ainda não há diretrizes claras para a adoção de alternativas como metanol verde, amônia ou hidrogênio no setor marítimo.

“A mudança estrutural para adotar biocombustíveis pode ser cara e demorada, e, enquanto isso, combustíveis fósseis e biocombustíveis continuam sendo queimados sem o tratamento ideal. A GLR Tech equilibra esse cenário ao reduzir o impacto da extração/cultivo de combustíveis ou biocombustíveis até a produção, transporte e queima desses combustíveis, tornando a transição mais acessível e imediata.” diz Fernando Lescovar Neto, Ex-diretor técnico da SGS. E atualmente diretor-geral do grupo Technik.

Em 2023, a GLR Tech esteve entre as 100 finalistas da competição global EWC (Entrepreneurship World Cup), promovida pela GEN Global, com a participação de cerca de 30 mil empresas de 150 países. Em julho de 2025, a empresa recebeu o segundo lugar na categoria Economia Circular do BRICS Awards 2025, que contou com aproximadamente 400 empresas inscritas de 10 países.

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