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Segundo estudo divulgado pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), o desempenho do setor de máquinas e equipamentos apresentou retração em setembro de 2024, interrompendo uma sequência de três meses consecutivos de alta. Segundo os dados apresentados, a receita líquida de vendas somou R$ 23,7 bilhões, um valor 8,8% inferior ao registrado no mesmo mês de 2023. Apesar disso, o acumulado do ano até setembro, que totalizou R$ 198 bilhões, mostrou uma leve recuperação em relação ao acumulado até agosto, reduzindo a queda para 12,8% no comparativo anual.
Conforme informado na publicação, o mercado doméstico foi o principal responsável pela retração, enquanto as exportações mostraram recuperação. Após uma queda de 29,1% em agosto, as exportações de máquinas e equipamentos cresceram 37,8% em setembro na comparação com o mês anterior, atingindo US$ 1,301 bilhão. O estudo indica que esse valor superou a média dos últimos dois anos e foi 12,3% superior ao registrado no mesmo mês de 2023. No entanto, o relatório ainda aponta que no acumulado de 2024, as exportações ainda apresentam queda de 7,9% em relação ao mesmo período de 2023.
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A publicação mostra que as importações de máquinas e equipamentos permaneceram em alta, alcançando US$ 2,6 bilhões em setembro, o que representa um crescimento de 20,4% em relação ao mesmo mês de 2023. Conforme apontado no relatório, o acumulado do ano para as importações já registra alta de 8%, marcando um recorde histórico para o período.
O relatório ainda aponta dados preocupantes no consumo aparente, que apresentou estabilidade em setembro de 2024 frente ao mesmo mês do ano anterior, mas caiu em relação a agosto deste ano. O documento publicado informa que embora o aumento das importações tenha compensado parte do encolhimento, a retração no consumo de máquinas e equipamentos no setor agrícola foi determinante para o resultado negativo. Outros setores da economia, por outro lado, registraram crescimento nos investimentos, destacando-se as aquisições de bens importados.
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José Antônio Valente, diretor da empresa de franquia de aluguel de equipamentos para construção civil Franquias Trans Obra afirma que os dados apresentados pela ABIMAQ reforçam uma dinâmica importante para o setor de locação de máquinas e equipamentos, especialmente no contexto de franquias de sucesso. “Apesar da retração no mercado doméstico e da queda na receita líquida de vendas, o aumento nas exportações e nas importações abre espaço para oportunidades estratégicas em nichos específicos, como o da construção civil, que permanece como um dos maiores consumidores desses equipamentos”.
Perguntado ainda sobre o relatório, José Antônio afirmou que empresários podem perguntar sobre o por que abrir uma franquia de locação de máquinas e equipamentos em momentos como este? José continuou dizendo que a resposta para essa pergunta está no cenário apresentado pelos relatórios e estudos do setor que apontam um mercado em transformação, onde a busca por eficiência nos custos operacionais e acesso a equipamentos de alta tecnologia tem favorecido o modelo de locação, tanto para construtoras quanto para projetos independentes. “Enquanto o consumo aparente nacional enfrenta retrações em setores como a agricultura, a construção civil e outros segmentos apresentam aumento nos investimentos, gerando uma demanda sólida para negócios bem estruturados”.
Ainda sobre o estudo divulgado, em termos de capacidade produtiva, a indústria de máquinas e equipamentos operou com 76,2% de sua capacidade instalada em setembro, nível estável em comparação com os três meses anteriores. No entanto, nota-se no relatório que a carteira de pedidos, que já vinha apresentando patamares reduzidos, registrou nova queda, impactada pela baixa demanda no setor agrícola e na indústria de transformação.
O relatório ainda aponta que apesar do cenário desafiador, o mercado de trabalho mostrou sinais positivos. O setor encerrou setembro com 397 mil empregados, um aumento de 1,6% em relação ao mesmo período de 2023, equivalente à criação de 3.206 postos de trabalho. Conforme o relatório, a expansão do emprego foi puxada pelas indústrias de bens de consumo, construção civil e agricultura, sinalizando uma possível recuperação.