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Em um mercado cada vez mais orientado por dados e automação, a ausência de processos estruturados para normatização de informações de produtos pode se revelar como um obstáculo para empresas com modelo de negócio business-to-business (B2B). O problema, embora técnico à primeira vista, pode afetar diretamente a eficiência operacional de companhias de médio e grande porte, especialmente aquelas que atuam com múltiplos canais de venda, fornecedores variados e grandes volumes de itens.
Segundo Renato Ferraz, CEO da EASYB2B, empresa especializada em facilitar transações entre empresas e seus fornecedores, a falta de padronização nos cadastros de produtos pode comprometer o desempenho das operações em diversos níveis. “Empresas que operam com diferentes canais e fornecedores frequentemente lidam com informações inconsistentes, duplicadas ou incompletas”, afirma.
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Sem dados estruturados, o executivo explica que os processos comerciais perdem fluidez e previsibilidade, tornando a empresa refém de correções manuais e aumentando riscos e custos operacionais. “Isso gera retrabalho, falhas de comunicação, dificuldade de automação e problemas na integração entre sistemas internos e externos”, reforça.
Os reflexos dessa desorganização são sentidos em toda a cadeia. Em termos de produtividade, as equipes precisam atuar manualmente para identificar erros, tratar inconsistências e conciliar informações, o que consome tempo e pode reduzir a velocidade de resposta ao mercado.
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“Em termos de custo, os impactos aparecem tanto no retrabalho quanto nas compras erradas, na perda de vendas e na baixa eficiência dos processos logísticos. Para o cliente, o resultado costuma ser uma experiência fragmentada, com informações confusas, pedidos com erros e dificuldade de comparação entre produtos”, destaca Ferraz.
O CEO ressalta ainda que a normatização de dados virou um ponto crítico para o sucesso da digitalização no mercado B2B. “Não basta adotar um novo sistema ou processo digital se a base que alimenta esses sistemas está comprometida. A normatização é o que garante integridade, coerência e interoperabilidade entre plataformas”, explica.
Em um ambiente de alta complexidade, com múltiplos SKUs e critérios de negociação variados, a padronização passa a ser um fator essencial para automação de processos, integração com parceiros e tomada de decisão baseada em dados. “Sem isso, a digitalização tende a ser superficial ou até contraproducente”, avalia.
O cenário atual, marcado pela adoção acelerada de sistemas digitais, pode reforçar essa urgência. Com o uso crescente de algoritmos baseados em inteligência artificial (IA), a qualidade dos dados se torna mais determinante. “Essas ferramentas só entregam bons resultados quando operam sobre uma base confiável. Sem dados normatizados, os algoritmos trabalham com informações inconsistentes, o que compromete a performance e limita a geração de valor para o negócio”, acrescenta.
Entre as lacunas mais comuns, Ferraz aponta a crença de que a ferramenta, por si só, resolverá problemas estruturais. “Muitas empresas implementam ERPs, CRMs ou plataformas de e-commerce sem preparar adequadamente os dados que alimentarão esses sistemas. O resultado é uma tecnologia sofisticada operando sobre uma base inconsistente, o que compromete resultados e gera frustração interna”, explica.
“Outro erro recorrente é negligenciar a governanção contínua dos dados. Mesmo após uma limpeza inicial, é necessário manter processos de entrada, validação e atualização bem definidos”, completa. Para enfrentar esse desafio, o mercado tem assistido ao surgimento de soluções tecnológicas voltadas à padronização e enriquecimento automático de dados.
Essas ferramentas, que aplicam inteligência para completar atributos ausentes, identificam produtos duplicados, consolidam nomenclaturas e alinham as informações aos critérios comerciais e operacionais da empresa. “Muitas delas funcionam de forma independente de sistemas como ERPs ou marketplaces, o que facilita sua adoção em diferentes estágios de maturidade digital”, afirma o CEO da EASYB2B.
A relevância do tema se intensifica diante das projeções de crescimento do setor. Um levantamento da Global Growth Insights aponta que o mercado B2B deve atingir valor de US$ 34,12 bilhões até 2033, com uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 16,27%. Essa expansão acelerada pode corroborar para que as empresas do setor estejam preparadas para operar com agilidade, precisão e inteligência.
“A normatização deixou de ser apenas uma preocupação técnica e passou a ser um diferencial estratégico. Empresas com bases organizadas conseguem negociar melhor, operar com mais eficiência e tomar decisões com mais agilidade. No cenário atual, em que o B2B passa por uma transformação digital acelerada, quem conseguir estruturar bem seus dados sairá na frente”, conclui Renato Ferraz.
Para saber mais, basta acessar: http://www.easyb2b.io/eb2b-gpc