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Segundo dados apresentados no relatório Sondagem Indústria da Construção publicado no Portal da Indústria, a construção civil no Brasil enfrentou dificuldades no terceiro trimestre de 2024. A sondagem revelou que a escassez de mão de obra, tanto qualificada quanto não qualificada, continua sendo uma das principais preocupações do setor. Além disso, os empresários apontaram os juros elevados e alta carga tributária como outros obstáculos, que impactam diretamente na rentabilidade e na viabilidade de novos projetos no país.
Conforme informado na publicação, além das dificuldades com a contratação de pessoal, os empresários mostraram insatisfação com o lucro operacional e com a situação financeira geral das empresas. O documento mostra que também relataram desafios no acesso ao crédito, o que limita as possibilidades de expansão e investimento. De acordo com o levantamento, o aumento dos preços de insumos e matérias-primas foi menor em comparação com o trimestre anterior, embora ainda represente um fator de atenção para o setor.
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O relatório aponta dados sobre a Utilização da Capacidade Operacional (UCO) do setor da construção, que alcançou 67% em setembro de 2024, uma leve queda de 1 ponto percentual em relação a agosto. No entanto, nota-se no documento que o nível permaneceu estável quando comparado a setembro de 2023, e 3 pontos percentuais acima da média histórica do mês, que é de 64%. O estudo mostra que a retração foi mais acentuada entre as empresas de grande porte, com um recuo de 3 pontos percentuais, enquanto empresas de pequeno porte tiveram um avanço de 1 ponto percentual, e as de médio porte mantiveram-se estáveis.
A pesquisa também destacou a queda no nível de atividade e no número de empregados em setembro. Com o índice do nível de atividade em 49,4 pontos, o setor ficou abaixo da linha de 50 pontos, indicando uma retração em relação a agosto. A queda foi observada em empresas de todos os portes e em setores como Construção de edifícios (49,6 pontos) e Obras de infraestrutura (47,8 pontos). Apenas o setor de Serviços especializados para a construção registrou crescimento no nível de atividade, com 50,6 pontos.
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José Antônio Valente, diretor da empresa de aluguel de ferramentas em Curitiba Trans Obra, afirma que em um contexto de dificuldades financeiras, o aluguel de equipamentos e ferramentas se destaca como uma solução viável para otimizar custos e aumentar a produtividade, sendo uma alternativa vantajosa frente ao investimento em ativos próprios, que exigiria capital elevado e manutenção constante. Serviços de aluguel de ferramentas como cortador de piso, andaimes, betoneiras, máquinas da linha amarela e outros equipamentos para construção civil que estão em alta demanda, permitem que empresas tenham acesso a uma variedade de equipamentos, sem comprometer o caixa com manutenção ou troca de equipamentos ou máquinas antigas.
Ainda sobre o relatório divulgado, é possível observar que a confiança dos empresários começou a mostrar sinais de recuperação. Em outubro de 2024, o índice de confiança subiu pelo segundo mês consecutivo, refletindo expectativas mais positivas para o nível de atividade, novos empreendimentos, compras de insumos e aumento no número de empregados para os próximos seis meses.
Os indicadores de emprego, que também tiveram dados apresentados, mostraram que em setembro, houve uma alta de 1,2% no número de colaboradores, totalizando 394.025 empregados no setor. Esse crescimento foi impulsionado, principalmente, pela demanda nas indústrias de máquinas para infraestrutura e construção civil, conforme mostra a publicação.
Perguntado sobre o estudo publicado, José Antônio afirmou que o acesso restrito ao crédito também é um fator que reforça a importância da locação de equipamentos. Empresas com dificuldade para financiamento encontram na locação uma alternativa que evita o endividamento e possibilita flexibilidade. “O aluguel de máquinas e equipamentos permite uma resposta rápida à demanda por equipamentos em momentos de aumento de atividade, algo que o setor de construção civil necessita para responder ao crescimento intermitente e sazonal dos projetos”.
José Antônio ainda afirma que os dados da pesquisa evidenciam que a construção civil, especialmente em obras de infraestrutura e edifícios, ainda demanda serviços especializados. “A locação de ferramentas oferece, portanto, uma estratégia prática e econômica, viabilizando que empresas invistam em mão de obra e qualificação, ao invés de alocar capital para aquisição de maquinário”.