04 de novembro, 2024

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Novo malware para Android clona cartão de pagamento por aproximação

Novo malware para Android clona cartão de pagamento por aproximação

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A ESET, que mantém equipes de investigação em todo o mundo, identificou um novo malware chamado NGate que está sendo utilizado em uma campanha voltada para clientes de bancos. O malware permite que criminosos coletem dados NFC de cartões de pagamento através de dispositivos Android comprometidos, retransmitindo essas informações para o smartphone do atacante. Com esses dados, o criminoso pode emular o cartão e realizar saques fraudulentos em caixas eletrônicos, sem que o dispositivo da vítima precise estar roteado.

Para isso, os cibercriminosos utilizaram uma combinação de técnicas tradicionais de cibercrime, como engenharia social, phishing e malware para Android, criando um novo cenário de ataque. A ESET suspeita que mensagens de SMS fraudulentas foram enviadas, se passando por bancos da República Tcheca, para clientes aleatórios, resultando na captura de vítimas em três diferentes instituições bancárias.

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De acordo com dados do Serviço de Inteligência da ESET, o grupo de cibercriminosos começou a operar em novembro de 2023 na República Tcheca e, a partir de março de 2024, aprimorou suas técnicas com a implementação do malware NGate para dispositivos Android.

Usando essa tecnologia, os criminosos conseguiram clonar dados NFC (comunicação por aproximação) de cartões físicos de pagamento das vítimas, retransmitindo-os para o dispositivo do atacante, que então emulou o cartão e realizou saques não autorizados em caixas eletrônicos. Essa é a primeira vez que um malware para Android com essa capacidade foi identificado em uso real, sem que os dispositivos das vítimas estivessem roteados.

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As vítimas baixaram o malware após serem enganadas, acreditando que estavam se comunicando com seus bancos sobre uma possível declaração de imposto. Na realidade, comprometeram seus dispositivos ao baixar e instalar um aplicativo a partir de um link em um SMS fraudulento. A ESET destaca que o NGate nunca esteve disponível na loja oficial Google Play.

A extrações não autorizadas de caixas eletrônicos foram realizadas retransmitindo dados de comunicação por campo próximo (NFC) dos cartões de pagamento das vítimas, usando seus smartphones Android infectados com o NGate. Esse malware captura os dados do cartão e os envia ao dispositivo do atacante, que então simula o uso do cartão para efetuar transações. Caso essa abordagem não funcionasse, os criminosos tinham uma alternativa: transferir o dinheiro da conta da vítima para outras contas.

“Não detectamos a retransmissão de NFC em nenhum malware para Android identificado anteriormente. A técnica se baseia em uma ferramenta chamada NFCGate, criada por estudantes da Universidade Técnica de Darmstadt, na Alemanha, para capturar, analisar ou modificar o tráfego NFC. Por isso, chamamos essa nova família de malware de NGate”, explica Lukáš Štefanko, pesquisador da ESET que descobriu a ameaça.

Além de suas capacidades de phishing, o malware NGate inclui a ferramenta NFCGate, usada indevidamente para transmitir dados NFC entre o dispositivo da vítima e o do cibercriminoso. Algumas dessas funções só funcionam em dispositivos roteados, mas, nesse caso, a transmissão de tráfego NFC também foi possível em dispositivos não conectados. O NGate ainda solicitava que as vítimas inserissem dados pessoais como dados bancários, data de nascimento e o PIN do cartão. Além disso, pedia que ativassem a função NFC no celular e aproximassem o cartão para que o aplicativo malicioso pudesse capturar as informações.

Outra forma de ataque envolve a captura de dados dos cartões por proximidade física, permitindo que o criminoso, em locais movimentados, como transportes públicos ou shoppings, consiga ler as informações de cartões guardados em bolsas ou carteiras e realizar pequenos pagamentos sem a necessidade de contato direto.

“Para se proteger de ataques complexos como esses, é essencial adotar medidas proativas contra phishing, engenharia social e malware para Android. Isso inclui verificar URLs de sites, baixar apps apenas de lojas oficiais, manter o PIN do cartão em segredo, usar aplicativos de segurança no celular, desativar o NFC quando não estiver em uso e utilizar carteiras virtuais protegidas por autenticação”, orienta Štefanko.

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