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A cibersegurança enfrenta uma grave escassez de profissionais, com o Brasil necessitando de aproximadamente 750 mil especialistas na área, segundo um levantamento da Fortinet. Em todo o mundo, a lacuna é ainda maior, com 4 milhões de vagas abertas, tornando a segurança cibernética uma área crítica para o futuro das empresas.
O estudo aponta que essa escassez de talentos afeta a capacidade das organizações de prevenir e responder a incidentes de segurança. A falta de profissionais qualificados está diretamente ligada ao aumento das vulnerabilidades, contribuindo para o crescimento de violações de dados e prejuízos financeiros.
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Impactos das violações de segurança cibernética
O estudo global da Fortinet revela que 87% das empresas sofreram violações de segurança cibernética em 2023, frequentemente atribuídas à falta de profissionais qualificados. Essas falhas de segurança resultaram em perdas financeiras substanciais, com mais de 50% das empresas afetadas relatando prejuízos superiores a US$ 1 milhão. Além do impacto financeiro, essas violações afetaram a reputação das empresas, com 51% dos líderes enfrentando penalidades significativas após os incidentes.
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Para mitigar essa lacuna de habilidades, as empresas estão flexibilizando seus critérios de contratação e incentivando a formação contínua, segundo a pesquisa. Embora 71% dos líderes ainda exijam uma graduação de quatro anos para os candidatos, mais de 90% preferem contratar profissionais com certificações em cibersegurança.
Diversidade e inclusão nas práticas de contratação
Segundo dados da Fortinet, as organizações estão ampliando seus esforços para diversificar suas contratações, com 83% das empresas estabelecendo metas de diversidade para os próximos anos. No entanto, as contratações de mulheres caíram para 85% em 2023, uma redução em relação aos anos anteriores, enquanto as contratações de veteranos e grupos minoritários tiveram variações ligeiras.
Atualmente, as mulheres representam apenas 25% dos profissionais de cibersegurança no Brasil, mas segundo Markswell Coelho, coordenador da IBSEC – Instituto Brasileiro de Cibersegurança, há um enorme potencial para que mais mulheres façam a transição de carreira para essa área: “Há uma necessidade de que as mulheres enxerguem as oportunidades na cibersegurança, especialmente aquelas que estão insatisfeitas em suas áreas de atuação ou desempregadas”.
Estratégias para fortalecer a segurança cibernética
A pesquisa da Fortinet destaca que as organizações estão focando em uma estratégia de três frentes para enfrentar os desafios da cibersegurança: investir em treinamento e certificações para equipes de segurança, cultivar uma equipe consciente das ameaças cibernéticas, e implementar soluções tecnológicas eficazes para manter uma postura de segurança robusta.
Markswell Coelho conclui: “As certificações emergem como um elemento crucial na validação de competências, enquanto a diversidade e a inclusão ganham importância estratégica nas práticas de contratação. As empresas que investirem em uma combinação de tecnologia, treinamento e conscientização estarão melhor posicionadas para enfrentar as ameaças cibernéticas cada vez mais sofisticadas do futuro”.
Mais informações: IBSEC