13 de outubro, 2025

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Pesquisa indica que 53% das pessoas usam IA para trabalhar

Pesquisa indica que 53% das pessoas usam IA para trabalhar

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Um estudo recente divulgado pela Bosch revelou que 53% das pessoas já utilizam ferramentas de inteligência artificial (IA) em suas atividades profissionais. A pesquisa, intitulada Bosch Tech Compass 2025, entrevistou mais de 11 mil pessoas com idades entre 19 e 69 anos em sete países: Brasil, China, França, Alemanha, Índia, Reino Unido e Estados Unidos.

O levantamento reforça uma tendência já observada em outras análises globais. Segundo dados da consultoria McKinsey, publicados pela CNN Brasil, mais de 72% das empresas ao redor do mundo adotam alguma forma de inteligência artificial, seja na automação de tarefas operacionais, seja em sistemas avançados de apoio à tomada de decisão.

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“Todas as áreas e a maioria dos setores já está sendo transformados pela inteligência artificial”, afirma Amanda Sá, responsável pela área de inovação e transformação digital do Global Business Service da Bosch na América Latina. A executiva aponta que os segmentos de tecnologia, informação, mídia, comércio, varejo e serviços financeiros e operacionais estão entre os mais impactados. 

No Brasil, o uso da IA tem sido especialmente expressivo em serviços operacionais, com destaque para a busca de profissionais que possam aplicar tecnologia em tarefas repetitivas e rotineiras.

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Entre os usos mais comuns está o apoio à área de recursos humanos. Gustavo Beltramini, especialista em atração de talentos da Bosch, afirma que a IA tem sido aplicada para realizar triagens, identificar perfis mais compatíveis com vagas e até elaborar descrições de cargos. O mesmo recurso também está sendo utilizado por candidatos para adaptar currículos e se preparar para entrevistas.

Ainda sobre os dados da pesquisa Bosch Tech Compass 2025, a eficiência é apontada como o principal benefício dessa tecnologia: 59% dos entrevistados no estudo destacaram esse aspecto como o mais relevante — no Brasil, esse percentual chega a 68%. Uma pesquisa conduzida por pesquisadores da Universidade de Stanford e do Massachusetts Institute of Technology (MIT), por exemplo, demonstrou que a IA pode aumentar a produtividade em call centers em até 14% e acelerar a realização de tarefas em 34%.

Ferramentas específicas também estão sendo desenvolvidas para áreas criativas. Um exemplo é a EaseUS VoiceWave, uma inteligência artificial utilizada por músicos e DJs. A solução permite melhorar a qualidade de áudio em faixas musicais, demonstrando que o uso da IA não se restringe a setores técnicos ou corporativos, mas também pode ser estendido à produção artística.

Apesar dos avanços, especialistas destacam que a inteligência artificial deve ser vista como uma ferramenta complementar. “Há competências que não serão substituídas, como o pensamento crítico”, destaca Mariana Antonialli, gerente de treinamento da Bosch para a América Latina. Ela reforça que a IA é eficaz na análise de grandes volumes de dados, mas que as decisões continuam sendo tomadas por pessoas.

Segundo o relatório do Fórum Econômico Mundial, quase um quarto dos empregos no mundo devem passar por mudanças até 2027 devido ao impacto da IA. Nesse cenário, habilidades como liderança, pensamento analítico e curiosidade ganharão ainda mais importância, independentemente da função ou nível hierárquico dos profissionais.

O cenário descrito pelos especialistas aponta para uma nova dinâmica no mercado de trabalho, em que a inteligência artificial assume um papel central — não como substituta, mas como aliada no desempenho das funções.

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