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Trocar de carreira é um passo desafiador, mas cada vez mais comum no mercado. Seja por insatisfação com o trabalho atual, busca por melhores oportunidades ou realização pessoal, o movimento exige planejamento, dedicação e, muitas vezes, qualificação.
De acordo com a Forbes, 91% dos participantes de uma pesquisa da EDC Group disseram ter alterado seus propósitos de vida durante a pandemia, enquanto 53% perderam interesse na área de atuação anterior. A busca por equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, como tempo para a família e saúde mental, foi um dos principais motivadores da mudança.
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Para entender os caminhos e os desafios da transição para a área de tecnologia, Andrea de Paiva Gonçalves, diretora dos cursos de pós-graduação da FIAP, e profissionais que deram este salto na carreira falaram sobre o processo de mudança.
Antes de mudar de carreira, é importante refletir sobre as razões da mudança. Eliane Peixoto, que trabalhava como auxiliar de secretaria, encontrou no setor de tecnologia uma oportunidade para crescer profissionalmente. “Eu estava na secretaria há quatro anos quando recebi a chance de estagiar na área de TI da mesma empresa. Decidi arriscar e, em seis meses, fui efetivada. Foi aí que percebi que precisava me especializar”, conta Eliane.
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Andrea Paiva reforça que o primeiro passo para a transição é entender o propósito da mudança. “O mercado de tecnologia é muito dinâmico e acolhe profissionais de diferentes formações. Para fazer essa mudança com sucesso, é essencial saber por que você quer essa transformação e como isso se conecta com seus objetivos pessoais e profissionais”, explica.
Buscar qualificação e conhecimentos práticos
Mudar de área geralmente exige aprendizado. Eliane decidiu investir em um curso que a ajudasse a se destacar como desenvolvedora web júnior. “Eu me matriculei na Pós-Tech de Arquitetura e Desenvolvimento Java e foi a melhor escolha. Cada exercício prático me ajudava a resolver desafios reais no trabalho, o que acelerou meu desenvolvimento”, detalha.
A professora Andrea destaca a importância de uma formação que vá além da teoria. “Criamos a Pós-Tech pensando no profissional que precisa de ferramentas para resolver problemas reais no mercado. Nosso foco está em conteúdos práticos, sempre atualizados com o que o setor realmente demanda. Isso torna o aprendizado mais rápido e eficaz”, pontua.
Experimentar antes de mudar definitivamente
Iniciar com uma transição gradual é uma estratégia segura. “Estagiar na área de TI foi um teste para mim. Trabalhar por seis meses nessa função me deu a confiança para decidir que essa era a direção certa”, lembra Eliane.
Segundo a professora Andrea, muitas empresas estão abertas a dar oportunidades para transições graduais. “Hoje, vemos organizações investindo em programas de treinamento interno e oferecendo chances para profissionais de outras áreas experimentarem funções na tecnologia. Isso pode ser o pontapé para quem está começando”, sugere.
Preparar-se financeiramente
Trocar de carreira pode implicar em abrir mão de um salário maior ou de estabilidade no início. André Zimbres Grenfell, que trabalhou durante muito tempo no atendimento ao cliente em hotelaria, esperou até estar em um momento mais estável da vida para perseguir o sonho de trabalhar com TI. “Agora que meu filho está crescido e estou mais tranquilo financeiramente, consegui focar no que realmente quero. Comecei a trabalhar como desenvolvedor front-end e estou muito mais realizado”, conta André.
A professora Andrea recomenda que o planejamento financeiro seja parte fundamental da transição. “É importante entender que, no começo, pode haver uma redução de ganhos. Mas o investimento em tecnologia costuma trazer retornos muito positivos em médio e longo prazo, pois é uma área com alta empregabilidade e boas remunerações”, explica.
Construir uma rede de contatos
O networking é essencial em qualquer mudança profissional. Participar de eventos, entrar em comunidades de tecnologia e se conectar com colegas de curso são maneiras de criar oportunidades no novo setor. “Na empresa em que trabalho, desenvolvo produtos digitais e tenho recebido muito apoio da equipe para crescer na área”, diz André.
A diretora dos cursos de pós-graduação da FIAP enfatiza que criar conexões é mais fácil do que parece. “Os alunos da Pós-Tech, por exemplo, têm contato direto com profissionais do mercado e colegas de diferentes empresas. Essa troca cria uma rede que pode abrir portas para oportunidades futuras”, afirma a professora Andrea.
Ter persistência e mentalidade de aprendiz
A transição de carreira exige paciência e vontade de aprender constantemente. Para Eliane, o aprendizado diário é parte essencial do processo. “Recebo muitos feedbacks positivos sobre minha evolução rápida, e isso me dá ainda mais gás para continuar me aprimorando”.
A professora Andrea concorda e lembra que o mercado de tecnologia valoriza a capacidade de adaptação e aprendizado contínuo. “Não importa sua idade ou sua formação inicial, o que conta é o quanto você está disposto a aprender. As empresas estão sempre em busca de pessoas com atitude e vontade de crescer”, destaca.
A educação como aliada na transição
Os exemplos de Eliane e André destacam que investir em qualificação é essencial para uma transição bem-sucedida. “Um curso de pós-graduação agrega valor ao currículo do profissional, evidenciando seu comprometimento com o aperfeiçoamento contínuo”, pondera a professora Andrea. Seja para ingressar na área ou consolidar habilidades, mudar de carreira é uma jornada de coragem e determinação. Como a diretora da Pós-Tech, Andrea Paiva, afirma. “O momento de começar é agora. A tecnologia não é o futuro — é o presente, e ela está pronta para receber você, independentemente de qual é a sua formação ou em qual carreira você está agora”, conclui.