25 de novembro, 2024

Últimas:

Governança é o mais complexo do ESG, aponta estudo do CRA-SP

Governança é o mais complexo do ESG, aponta estudo do CRA-SP

Anúncios

Nas últimas duas décadas, o conceito ESG (abreviação em inglês de Environment, Social, Governance), que faz referências às ações e iniciativas desenvolvidas pelas organizações nas áreas ambiental, social e de governança, vem impactando os negócios e os diversos setores da sociedade. 

Para uma organização ser de fato considerada ESG, ela precisa basear suas práticas nos três pilares, mas, ao longo destes anos, o debate a respeito do conceito tem focado muito mais os aspectos ambientais e sociais, do que a importância da governança, o G da sigla. Para 40,5% dos profissionais de Administração, inclusive, este é o pilar mais complexo de ser trabalhado pelas organizações, conforme mostra recente levantamento promovido pelo Conselho Regional de Administração de São Paulo – CRA-SP. 

Anúncios

O estudo, realizado com 311 registrados, entre administradores e tecnólogos em gestão, também revelou que apenas 9,3% dos profissionais acreditam que há um interesse genuíno das empresas em apoiar e estruturar ações voltadas à agenda ESG. Outros 36% afirmaram que a maioria das organizações está pensando mais em marketing e menos em ações concretas e 32,8% disseram que as empresas, na verdade, não sabem exatamente o que deve ser feito. 

Os resultados segmentados do estudo quanto a essa questão mostraram, ainda, que os profissionais com idade entre 46 e 55 anos (41,2% deles) e os que atuam em cargos de liderança (42,7% deles) são os que mais acreditam que as empresas agem guiadas pelo marketing quando o assunto é o ESG, muitas vezes praticando o conhecido greenwashing (do inglês, “lavagem verde”), que consiste na falsa promoção de discursos, anúncios e campanhas com características ecologicamente ou ambientalmente responsáveis e inclusivas, mas que, na prática, não são realizadas pela organização. 

Anúncios

Atuação dos profissionais de administração e dedicação das empresas

O estudo do CRA-SP também questionou se os profissionais de Administração têm lidado com alguma questão envolvendo o ESG em suas rotinas de trabalho e a maioria (41,5%) respondeu que sim. 

Ao segmentar esse tópico por idade, o estudo constatou que os profissionais que mais utilizam a agenda ESG no dia a dia têm entre 46 e 55 anos (56,5% deles); por outro lado, aqueles que estão na faixa entre 36 e 45 anos foram os que mais disseram não ter contato nenhum com o conceito em suas rotinas (53,1% deles). 

Na comparação por posição no mercado de trabalho, 52,5% dos profissionais que atuam em cargos operacionais disseram que a agenda ESG não se aplica ao seu trabalho. Já aqueles que atuam como PJ foram os que mais mencionaram essa prática em suas rotinas diárias (66,7% deles), seguidos dos donos do próprio negócio (58,2% deles) e dos empregados com algum cargo de liderança (54,9% deles). 

O levantamento do CRA-SP ainda perguntou aos profissionais se há algum projeto ou comitê voltado especificamente para a agenda ESG nas empresas onde trabalham. Entre os respondentes, apenas 26,7% afirmaram que sim e a maioria (46%) disse que não. 

O estudo “Os profissionais de Administração e a agenda ESG” faz parte de um projeto institucional do CRA-SP que visa entender melhor a percepção desse público sobre temas em evidência no mercado de trabalho. O resultado deste e de outros levantamentos estão disponíveis na íntegra no site do Conselho.

Talvez te interesse

Últimas

Iniciou, nesta quarta (20), um dos rallys mais exigentes da América do Sul em meio aos desafios do deserto dos...

Categorias