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A conta de energia elétrica é um dos itens de maior impacto no orçamento dos brasileiros. Diante do aumento constante das tarifas e a crescente preocupação com a sustentabilidade, encontrar maneiras eficazes de economizar energia tornou-se uma prioridade para os consumidores.
Seja em residências, escritórios, edificações comerciais ou industriais, a adoção de práticas que reduzem o consumo sem comprometer o conforto ou a produtividade pode gerar economias significativas e ainda contribuir para a preservação ambiental.
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Além disso, a conscientização sobre o uso racional da energia começa em casa, onde pequenas atitudes podem resultar em grandes economias como, por exemplo, desligar aparelhos quando não estão em uso, regular o uso de ar-condicionado e aquecedores, entre outros.
“Este tema deve ser dividido em duas partes: economia de energia dos aparelhos de utilização que são ligados à instalação elétrica e economia de energia dos componentes da instalação. São exemplos do primeiro caso, uma pessoa utilizar em sua residência, por exemplo, uma geladeira, ou uma máquina de lavar roupas com selo A do Procel, que identifica produtos com alta eficiência energética. No segundo caso, a solução é o uso de componentes da instalação elétrica que, por suas características e, principalmente, pela forma como foram projetados, têm eficiência energética aumentada e, consequentemente, apresentam menores perdas de energia”, explica o professor e engenheiro eletricista Hilton Moreno, que também é consultor técnico da COBRECOM.
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O professor ainda revela que a compra dos eletrodomésticos cabe exclusivamente ao consumidor, enquanto, no caso das soluções econômicas planejadas no projeto de instalação elétrica, é o projetista quem deve adotar medidas que resultem em uma instalação elétrica mais eficiente.
110 ou 220 V?
O consultor técnico da COBRECOM esclarece que existem raras exceções onde o consumo é diferente dependendo da tensão, porém, mesmo nestes casos, a diferença é quase desprezível. Isso significa que, na prática, podemos considerar que o consumo de energia de um aparelho, medido em kWh pelo medidor da distribuidora de energia elétrica é o mesmo em 110 ou 220 V.
Moreno lembra que a tensão de 110 V não existe mais no Brasil faz algumas décadas, porém é comum as pessoas leigas se referirem a ela. Em seu lugar, a tensão elétrica padronizada em todo o País é 127 V, com valores de 115 e 120 V em alguns locais.
Além disso, em alguns casos a escolha pela instalação em 110 ou 220 V não depende do morador, pois há regiões onde a instalação elétrica pode ser feita somente em um dos casos, conforme definido pela distribuidora de energia local. Porém, há cidades em que há as duas opções coexistindo na mesma instalação.
Materiais que serão usados na instalação elétrica
A correta escolha e dimensionamento dos materiais é muito importante para evitar desperdícios de energia na instalação elétrica. Quando mal escolhidos ou dimensionados, os produtos da instalação elétrica podem aquecer mais do que o normal e, esse calor excessivo significa perda desnecessária de energia e, com isso, aumenta na conta de energia elétrica.
“O uso de produtos piratas em geral, e dos cabos elétricos irregulares em particular, é um dos principais motivos de aumento na conta de energia. Isso porque, tais produtos piratas aquecem mais do que o normal, e este calor não é utilizado para nada e ainda por cima é registrado pelo medidor de energia do consumidor”, informa Moreno.
Equipamentos eletrônicos
A escolha dos aparelhos eletrônicos pode interferir na economia de energia. Por isso, a utilização de equipamentos com alta eficiência energética e que tenham o Selo do Procel é uma boa alternativa para reduzir a conta de energia.
“O Selo Procel de Eficiência Energética é uma marcação voluntária de algumas poucas famílias de eletrodomésticos e aparelhos de ar-condicionado. Isso significa que não abrange muitos outros produtos. Para que o consumidor escolha o produto mais eficiente quando existe o selo Procel, o indicado é sempre comprar o produto com selo A ou B”, recomenda o consultor técnico da COBRECOM.
Hilton Moreno indica que, quando não tiver o selo Procel, o consumidor deve procurar na placa afixada no produto ou no seu manual, a informação de qual é a sua potência, em W (watt), ou diretamente o seu consumo, em kWh (quilo watt hora).
“Quanto menor esses números, menor o consumo de energia. Assim, por exemplo, dois televisores com a tela de mesma dimensão, se um deles tiver potência de 200 W e o outro de 230 W, deve ser escolhido, por motivo de economia de energia, o televisor de 200 W”, completa.
Automação
Hilton Moreno aponta que a automação sempre é aliada da eficiência energética, ou seja, da economia de energia, porque ela promove o uso racional do aparelho e, consequentemente, da instalação elétrica.
“A automação de um sistema de iluminação pode manter as luzes acesas somente quando houver necessidade, apagando-as quando elas não se justificarem. O mesmo vale para outro exemplo, como o ar-condicionado, onde a automação pode ligar e desligar o aparelho mantendo a temperatura no nível desejado, ao invés de o aparelho ficar ligado o tempo todo gastando energia desnecessariamente”, exemplifica.
Revisão da instalação elétrica
Hilton Moreno esclarece que a verificação periódica de uma instalação elétrica é grande aliada na economia de energia, porque pode identificar componentes que estejam aquecendo mais do que o esperado, sugerindo sua troca, reduzindo assim o desperdício.
Energia fotovoltaica pode ser uma boa opção
Segundo Hilton Moreno, o investimento em geração fotovoltaica em uma residência, comércio ou indústria deve ser sempre avaliado caso a caso, por um profissional qualificado, pois o cálculo do retorno do investimento leva em consideração alguns fatores, onde o mais importante é, sem dúvida, qual o valor da conta de energia elétrica historicamente pago por aquele consumidor.
“Quanto mais alto o valor da conta de energia, mais se justifica investir em uma geração fotovoltaica própria. Se o consumidor tiver interesse no assunto, deve procurar um profissional ou empresa comprovadamente especialista no assunto para solicitar um estudo de viabilidade técnica e econômica para implantação de geração fotovoltaica em sua edificação”, completa.