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Segundo os dados apresentados no relatório de março de 2024 da Confederação Nacional da Indústria (CNI) sobre Indicadores Industriais, o setor de transformação industrial experimentou uma queda de 1,6% no número de horas trabalhadas em comparação com o mês anterior. Esse recuo reverte parcialmente o crescimento observado no primeiro bimestre do ano. A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) e o faturamento se mantiveram estáveis, indicando uma ausência de novos impulsos na atividade industrial.
Conforme informado na publicação, o emprego na indústria de transformação cresceu 0,5% em março, refletindo um mercado de trabalho aquecido. Esse aumento também é atribuído ao impacto de pagamentos de verbas rescisórias decorrentes do fechamento de uma fábrica no estado de São Paulo, de acordo com a informação que consta no relatório. Ainda sobre o estudo, nota-se que no acumulado do ano, de janeiro a março de 2024, houve um aumento de 1,2% no emprego em comparação com o mesmo período do ano anterior, e uma alta de 2,2% em relação a março de 2023.
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O relatório aponta dados que mostram um avanço na massa salarial real, que cresceu 3,6% na passagem de fevereiro para março. Esse aumento é novamente atribuído ao pagamento de verbas rescisórias em São Paulo. No acumulado do ano, a massa salarial registrou um crescimento de 5,5%, e uma alta de 9,1% em comparação com março de 2023. O rendimento médio dos trabalhadores também apresentou um aumento de 3,4% em março, e uma alta de 4,2% no acumulado do ano.
Conforme publicado no relatório, a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) manteve-se estável em 78,4% em março de 2024, com uma variação de apenas -0,2 pontos percentuais em relação a fevereiro. Comparando com março de 2023, a UCI registrou uma queda de 0,6 pontos percentuais. A estabilidade da UCI, junto com a estabilidade no faturamento, sugere que não houve novos impulsos significativos na atividade industrial durante o mês de março.
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José Antônio Valente, diretor da empresa locadora de equipamentos Trans Obra, afirmou que os dados apresentados refletem um cenário de estabilidade na Utilização da Capacidade Instalada (UCI) e no faturamento, enquanto o número de horas trabalhadas apresentou uma queda de 1,6%. “Essa redução nas horas trabalhadas é um sinal de alerta para a indústria, pois reverte parcialmente os ganhos do início do ano e pode indicar uma desaceleração temporária na produção”. José Antônio continuou dizendo que embora o aumento do emprego seja uma boa notícia, precisamos considerar que uma parte significativa desse crescimento pode não ser sustentável a longo prazo, uma vez que está vinculada a eventos pontuais. “A médio e longo prazo, a indústria deve investir em tecnologias que aumentem a eficiência e a produtividade. Além disso, políticas públicas que promovam a estabilidade econômica e incentivem o investimento privado serão essenciais para garantir um crescimento robusto e sustentável”.
O relatório, que pode ser lido na íntegra através do link informado no início da matéria, mostrou que apesar da queda no número de horas trabalhadas e da estabilidade na UCI e no faturamento, os indicadores de emprego e massa salarial mostram sinais positivos.
Perguntado sobre o assunto, José Antônio afirmou que a combinação desses fatores apresenta um cenário misto para a indústria de transformação, indicando a necessidade de monitorar de perto os desenvolvimentos futuros para uma avaliação mais precisa das tendências do setor industrial no Brasil. “Na nossa unidade da empresa de locação de equipamentos em Curitiba estamos sempre avaliando as tendências do setor industrial e também o setor da construção civil para avaliar futuros investimentos na locação de máquinas e equipamentos. Estudos com informações completas são importantes para ajudar a entender como vamos projetar os próximos passos da empresa”.