25 de novembro, 2024

Últimas:

Frigorífico aposta em sustentabilidade para atrair a geração Z

Frigorífico aposta em sustentabilidade para atrair a geração Z

Anúncios

Com início de operações esperado para o primeiro semestre de 2025, o frigorífico O Cortês, localizado em Raul Soares, na Zona da Mata mineira, tem como objetivo transformar o mercado de carne suína, com foco em sustentabilidade, rastreabilidade e qualidade. Parte do Grupo ARO, o empreendimento planeja exportar para a União Europeia e Estados Unidos em 2026, com previsão de faturamento de R$ 200 milhões no segundo ano de operação.

Com um investimento inicial de R$ 25 milhões – dos quais R$ 17 milhões financiados pelo Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) e por investidores privados – e um EBITDA projetado de 33%, O Cortês já estruturou sua estratégia de expansão. Segundo Rodrigo Torres, CEO do Grupo ARO: “Em 2025, vamos focar no Brasil, mas nossa visão é global. Em 2026, queremos estar presentes na Europa e nos Estados Unidos, mercados que valorizam qualidade, sustentabilidade e certificações rigorosas”, destaca.

Anúncios

Produção sustentável como diferencial

O frigorífico O Cortês alicerça seu compromisso ambiental e social em práticas sustentáveis. Na Fazenda Memória, onde a produção inicial será baseada, uma usina de biogás transforma dejetos suínos em energia limpa, enquanto na unidade silvícola, 50 hectares de eucalipto plantados contribuem para a captura de carbono, com projeções de expansão para 130 hectares e recuperação ambiental em mais 20 hectares ao longo dos próximos dez anos na própria Fazenda. Essas ações garantem uma pegada de carbono positiva e ajudam a reduzir a emissão de gases de efeito estufa, promovendo o sequestro ativo de CO2 da atmosfera.

Anúncios

A propriedade também possui sistemas de captação e reuso de água da chuva e um projeto de preservação das nascentes locais, o que contribui para a proteção do lençol freático, promovendo um uso mais responsável dos recursos naturais. “Queremos atender à crescente demanda por consumo consciente, oferecendo um produto premium que alia qualidade superior a um compromisso com as questões ambientais e sociais”, explica Andrea Zerbeto, sócia e cofundadora do frigorífico.

Outras ações reforçam o compromisso da Fazenda Memória com práticas sustentáveis em toda a cadeia produtiva, da criação até a logística. Entre elas estão a busca pela eficiência produtiva por meio de iniciativas que reduzem o uso de ração e água no processo produtivo e a compra de insumos como soja e milho, priorizando fornecedores locais, de modo a reduzir o impacto ambiental do transporte. E vale dizer que a Fazenda Memória tem planos de, no futuro, substituir sua frota por veículos movidos a biogás ou biodiesel, diminuindo a dependência de combustíveis fósseis.

O modelo de negócios d’O Cortês está fundamentado na sustentabilidade econômica como pilar para sua atuação ambiental e social. “Para que o negócio se mantenha, precisamos gerar valor ao consumidor em cada etapa da produção para que o sistema produtivo como um todo seja sustentável”, reforça Rodrigo Torres.

Cortes premium e produtos industrializados para o mercado internacional

A empresa dedicou sua produção exclusivamente a cortes selecionados de suínos da raça Duroc, reconhecida por sua gordura entremeada – semelhante ao marmoreio do Angus nos bovinos – que proporciona suculência, sabor e maciez. A linha “Cortês” oferecerá oito categorias de produtos, incluindo cortes nobres como Prime Rib e T-Bone, além de um bacon defumado com lenha de goiabeira. A seleção também inclui pratos temperados e cozidos, enlatados em formato ‘easy open’ para facilitar o consumo, e porções menores de até 250g, pensadas para o consumidor moderno que prioriza conveniência e busca reduzir o desperdício doméstico.

Os produtos também serão certificados em relação à pegada de carbono e às práticas de bem-estar animal, adotando condições que minimizem o estresse dos animais. Esse cuidado inclui ambientes com temperatura controlada e até o uso de música clássica, fatores que impactam o produto final.

O Cortês também investirá no desenvolvimento de produtos industrializados e temperados para atender às rigorosas regulamentações dos mercados norte-americano e europeu, que restringem a importação de carne suína in natura. “A cultura de consumo de alimentos enlatados é muito forte no exterior, e estamos preparados para oferecer um portfólio de produtos que atendem aos elevados padrões de qualidade exigidos por esses consumidores”, afirma Andrea Zerbeto.

Talvez te interesse

Últimas

Terceira edição do projeto Escritor Para o Futuro em parceria com a ICL atingiu 15 escolas em municípios no...

Categorias