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Eternizada nos versos e na melodia poética de Ataulfo Alves “Meu Miraí que eu não me esqueço… berço da minha geração…”, Miraí imortaliza a memória do ilustre filho com a inauguração da escultura em homenagem ao sambista, que completou 115 anos de nascimento em 2024. A obra, assinada pelo artista plástico Diego da Silva Rodrigues, pode ser contemplada por moradores e visitantes na Praça Dr. Luiz Alves Pereira Alves, no centro do município, que fica na zona da mata mineira. A atividade foi feita a pedido da prefeitura municipal da cidade, com apoio da secretária municipal de Cultura, Fabrícia Ferraz.
Pérolas do repertório do compositor fizeram sucesso nas vozes de Carmem Miranda, Silvio Caldas, Carlos Galhardo e Orlando Silva. Com Mário Lago, Ataulfo Alves dividiu a autoria da inesquecível “Ai, Que Saudade da Amélia”. “Mulata Assanhada”, “Na Cadência do Samba” e “Laranja Madura” integram o legado do sambista, que ganhou os holofotes da música brasileira e projeção internacional ao fazer carreira no Rio de Janeiro.
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“Saudade do Meu Barracão”, gravada por Floriano Belham, marcou a estreia de Ataulfo Alves na cena artística nacional, em 1935. Em seguida, lançou “Menina Que Pinta o Sete”, “Saudade Dela”, “A Você”, “Quanta Tristeza”, “Errei, Erramos”, “Pois é” e outros grandes sucessos. A morte do músico foi em 1969, no Rio de Janeiro, em função de complicações pós-cirurgia para tratamento de úlcera.
No monumento em homenagem ao imortal, Diego Rodrigues buscou retratar a simplicidade e a popularidade de um dos maiores nomes da música brasileira, que fez história no samba. Além da estátua em homenagem a Ataulfo Alves, o artista plástico tem em seu currículo a execução, pela Fundição Artística São Vicente, uma releitura da Pietá do mundo, obra assinada por Guilherme Marques. A escultura em bronze tem oito metros de comprimento e pesa cerca de duas toneladas. A reconhecida Fundição Artística São Vicente é capitaneada pelo artista Diego e seu irmão, Alexandre Rodrigues.
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