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Conforme dados divulgados pela pesquisa Indicadores Conjunturais da ABIMAQ, referentes ao mês de janeiro de 2024, o setor de máquinas e equipamentos enfrentou uma queda na receita líquida de vendas. É possível observar no estudo que tanto na comparação mensal, com ajuste sazonal (-0,3%), quanto interanual (-21,7%), observou-se um declínio nos resultados. Segundo o relatório, esse cenário foi impulsionado pela redução na receita tanto do mercado interno quanto externo, apesar do desempenho positivo das exportações em dólares, que foram prejudicadas pela valorização do real.
O estudo aponta que apesar da queda geral na receita, houve um crescimento na indústria fabricante de máquinas e equipamentos para bens de consumo não duráveis. Esse segmento, que já apresentava resultados, segundo a publicação, promissores no segundo semestre de 2023, continuou a se destacar devido à recomposição da renda das famílias.
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No que diz respeito às exportações, o mês de janeiro de 2024 registrou um total de US$ 1,1 bilhão, representando uma queda de 4,5% em relação a dezembro de 2023, porém um aumento de 7,3% em comparação com janeiro de 2023. Esse desempenho reflete o cenário histórico das exportações do setor, que alcançou quase US$ 14 bilhões em 2023, superando o recorde registrado em 2012.
José Antônio Valente, diretor da empresa de aluguel de equipamentos para construção civil Trans Obra, afirmou que mesmo em meio a esse cenário desafiador, houve um crescimento na indústria fabricante de máquinas e equipamentos para bens de consumo não duráveis, porém é importante permanecer atento às flutuações do mercado global e às questões cambiais, que continuam a influenciar as exportações e a competitividade do setor. “Olhando para o futuro, é crucial que a indústria de máquinas e equipamentos busque estratégias para aumentar sua competitividade, tanto no mercado interno quanto externo. Isso pode envolver investimentos em inovação, aumento da eficiência produtiva e diversificação de mercados. Como especialista no setor de aluguel de betoneira e outros equipamentos de grande porte vejo que a locação é uma alternativa para o empresário que deseja reduzir custos com compra de máquinas e equipamentos para construção civil”.
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Ainda no relatório publicado, que pode ser analisado na íntegra através do link divulgado no início da matéria, as importações de máquinas e equipamentos cresceram em janeiro de 2024, tanto em comparação com o mês anterior (4,8%) quanto com janeiro de 2023 (7,3%). O estudo aponta que mesmo com a queda no consumo de máquinas produzidas localmente, as importações aumentaram, indicando um deslocamento da produção nacional. Isso resultou em uma queda no consumo aparente nacional de máquinas e equipamentos, que atingiu R$ 22,9 bilhões, representando uma diminuição tanto em relação a dezembro de 2023 quanto a janeiro de 2023.
Perguntado sobre o assunto, José Antônio afirmou que é essencial que as políticas industriais sejam direcionadas para aumentar a competitividade da produção nacional de máquinas e equipamentos. “Incluir medidas para melhorar a infraestrutura, reduzir custos de produção, investir em inovação e tecnologia, e promover parcerias estratégicas entre o setor público e privado pode contribuir para melhorar os resultados do setor”.