14 de novembro, 2024

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Pesquisa com pais de alunos aponta que novo Ensino Médio requer ajustes

Pesquisa com pais de alunos aponta que novo Ensino Médio requer ajustes

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Para 58,79% de pais e responsáveis, o novo Ensino Médio não está preparando adequadamente os jovens para o futuro profissional e pessoal, conforme levantamento realizado pela Melhor Escola, principal marketplace do Ensino Básico do Brasil. A pesquisa se baseou em um questionário com 842 pais e responsáveis de estudantes de escolas públicas e particulares.    

Os dados também revelam que 77,08% dos responsáveis concordam com o aumento da carga horária das matérias obrigatórias (como português, matemática e outras) aprovada pela Câmara dos Deputados. Além disso, 51,19% veem de forma benéfica a redução da carga horária das disciplinas optativas. Das 842 respostas, 456 são provenientes de pais cujos filhos estudam em escolas públicas e 386 em escolas particulares. Entre os participantes, 2,99% tinham filhos matriculados no Ensino Infantil, 29,45% no Ensino Fundamental I, 24,47% no Ensino Fundamental II e 22,09% no Ensino Médio. 

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“O Novo Ensino Médio seria uma ótima implementação, porém, na prática, ele não tem funcionado, conforme observo enquanto professora. As escolas não estão preparadas para desenvolver os projetos propostos; os professores não possuem habilitação/ capacitação para ministrarem os conteúdos; as matérias inseridas não são as mesmas cobradas no Enem. Portanto, o aluno é privado de expandir seu conhecimento naquilo que realmente lhe será proveitoso”, comentou uma das mães participantes da pesquisa. 

“Ao reconhecer e valorizar as aptidões individuais, o ensino pode se tornar mais relevante e envolvente para os alunos. No entanto, apesar desses pontos positivos, ainda há espaço para críticas construtivas. Por exemplo, a implementação prática dessas ideias pode ser difícil, especialmente em um sistema educacional já sobrecarregado e subfinanciado. Além disso, garantir que todos os alunos recebam o suporte necessário para desenvolver suas aptidões individuais pode exigir recursos adicionais e um compromisso firme por parte das instituições educacionais e dos formuladores de políticas”, observou outro respondente. 

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Em vigor no Brasil desde 2022, o Novo Ensino Médio tem sido alvo de debates, principalmente em relação ao equilíbrio da carga horária optativa e obrigatória. No ano passado, o governo federal enviou um projeto de lei para o Congresso para definir 2.400 horas para disciplinas obrigatórias e 600 horas para optativas (itinerários formativos escolhidos pelo aluno). Anteriormente, eram 1.800 horas para disciplinas obrigatórias (previstas na Base Nacional Comum Curricular) e 1.200 horas para optativas.  

Para Sérgio Andrade, sócio fundador do Melhor Escola, a percepção dos pais e responsáveis sobre o Novo Ensino Médio pode ser atribuída a diversos fatores, como a falta de integração entre teoria e prática, a ausência de disciplinas mais voltadas para o mundo do trabalho e a escassez de oportunidades de experiências práticas e estágios. 

“As recentes discussões sobre as mudanças no modelo do Novo Ensino Médio brasileiro têm levado à reflexão sobre a importância de uma formação mais alinhada com as demandas do mercado de trabalho e das profissões do futuro. É fundamental que as escolas estejam preparadas para oferecer uma educação mais contextualizada, com foco no desenvolvimento de competências e habilidades essenciais para o sucesso profissional dos jovens”, analisa.

Sobre o Melhor Escola

O Melhor Escola é um site de bolsas de estudos, que conecta alunos a escolas da educação básica, com descontos que podem chegar a 80%. Criado em 2012, o site possui mais de 7 mil escolas parceiras e já matriculou mais de 40 mil alunos na rede privada de ensino. 

O site também conta com informações de todas as escolas cadastradas no MEC (mais de 180 mil). Seus fundadores, Juliano Souza e Sérgio Andrade, acreditam que o acesso à educação pode mudar o mundo.

Em 2019, o Melhor Escola se juntou ao Quero Bolsa, do grupo Quero Educação. Juntas, as instituições já matricularam mais de 1 milhão de alunos no ensino privado.

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