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A tecnologia está constantemente remodelando a dinâmica do varejo, e no centro dessa transformação encontra-se um consumidor que busca experiências de compra cada vez mais completas e personalizadas. Na América Latina, apesar do panorama político e econômico apresentar um conjunto de desafios ao setor, grandes oportunidades emergem na região, e o Brasil vem liderando essa transformação tecnológica.
De acordo com o mais recente Estudo da Transformação Digital no Varejo Brasileiro, conduzido pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), a transformação digital é uma prioridade para 63% das empresas do setor. E-commerce, omnichannel e CRM são as três principais áreas de investimento citadas pelos varejistas.
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“O Brasil se destaca como uma força motriz por trás da transformação do varejo na América Latina. Com sua economia vibrante e cenário tecnológico florescente, o país tem se mantido à frente na adoção de tecnologias e práticas inovadoras na região”, afirma Tony D’onofrio, CEO global da Sensormatic Solutions, portfólio global de soluções de varejo da Johnson Controls.
Essa transformação no setor é caracterizada principalmente por uma abordagem orientada para os dados. Dispositivos de contagem de pessoas na entrada dos estabelecimentos, sensores de identificação por radiofrequência (RFID) e soluções baseadas em localização para monitorar o trajeto do consumidor são alguns dos recursos à disposição dos varejistas para obtenção de dados.
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“As lojas serão ambientes cada vez mais ricos em dados, onde cada interação será meticulosamente rastreada e analisada. As câmeras, que antes eram apenas ferramentas de vigilância, estão evoluindo para poderosos coletores de dados, fornecendo informações valiosas sobre o comportamento e as preferências dos clientes, aprimorando a visibilidade do estoque e remanejando os colaboradores conforme a necessidade”, explica D’onofrio.
Dentro deste cenário de constante inovação, o executivo da Sensormatic lista as principais tendências e pontos de atenção para o varejo no segundo semestre.
1) Inteligência Artificial: o ritmo do avanço tecnológico no varejo com o uso de IA continuará acelerado em nível global, especialmente por meio de aplicações como visão computacional, que alimentadas por algoritmos de deep learning são capazes de gerar insights preditivos e prescritivos para auxiliar nas tomadas de decisão.
2) Experiência personalizada: a jornada de compra muitas vezes começa antes mesmo de o consumidor entrar na loja, por isso análises abrangentes dessa jornada a partir do uso de dados são essenciais para compreender padrões e comportamentos individuais, com o objetivo de criar uma experiência exclusiva para o cliente antes, durante e depois da compra.
3) CRM: um dos principais focos de investimento dos varejistas, um CRM aprimorado é fundamental para a personalização da experiência de compra de cada cliente e, consequentemente, para sua fidelização.
4) Lojas virtuais: com a pandemia, o consumo online cresceu significamente em todo o mundo. No entanto, apenas 41% do público entre 58 e 76 anos faz compras virtuais. Esse é um desafio e uma grande oportunidade para identificar o que pode ser mais atrativo para as faixas etárias que menos consomem nas plataformas digitais.
5) Prevenção de perdas: as perdas, principalmente as geradas por roubo e furto, ainda são um dos maiores desafios do varejo. Investir em soluções e tecnologias como EAS, RFID, visão computacional e programas de prevenção mais contextualizados permite ao varejista identificar rapidamente não apenas o que está sendo indevidamente subtraído, mas como isso está acontecendo. Além disso, essas ferramentas fortalecem o gerenciamento de estoque e de merchandising em geral.
“Em meio às transformações do varejo, algumas coisas nunca mudam, como a importância de ouvir as demandas e abordar proativamente os desafios – de hoje e de amanhã – para criar experiências excepcionais de ponta a ponta, independentemente da forma como os clientes escolhem fazer suas compras”, finaliza D’onofrio.