26 de dezembro, 2024

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Acordo entre blocos econômicos favorece indústria química

Acordo entre blocos econômicos favorece indústria química

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Foram necessários 25 anos de negociações até que Mercosul e União Europeia firmassem um acordo que prevê a redução de tarifas de importação – podendo ser imediata ou gradual (em até 15 anos), a depender dos setores. Matéria divulgada pela BBC News Brasil revela que essa liberação deve atingir 91% dos bens que o Brasil importa da União Europeia e 95% dos bens que o bloco europeu importa do Brasil.

“O principal impacto nos preços do consumidor será indireto, ao deixar a produção brasileira mais barata, devido à importação de máquinas e insumos a preços menores”, diz Fernando Ribeiro, coordenador de estudos de comércio internacional do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

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De acordo com Luiz Carlos Corrêa Carvalho, presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG), em matéria publicada no Rural News, “nos próximos 10 anos, a União Europeia deve isentar em mais de 80% as importações agrícolas do Mercosul e dar acesso preferencial com menor tarifa a diversos produtos”. A eliminação de tarifas é referente a frutas, peixes, suco de laranja, óleos vegetais entre outros produtos. Já as carnes bovina e suína terão um valor estabelecido por cotas, assim como o açúcar e o etanol. “O avanço do acordo tem um peso institucional muito grande. No longo prazo, essas oportunidades comerciais também vão gerar impactos positivos para a economia do Brasil, fomentando principalmente a produtividade da agroindústria”.

As perspectivas do agronegócio brasileiro se mostram otimistas para 2025. Dados revelados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a Agrimídia, preveem colheita recorde de 322,2 milhões de toneladas de grãos, superando em 8,3% a safra 2023/24. A soja e o milho deverão liderar essa expansão, com aumento de produtividade. Como aponta na mesma matéria Marcos Jank, do Insper Agro Global, o setor deve enfrentar um “freio de arrumação”, mas mantém perspectivas de crescimento. A recuperação das margens e o fortalecimento da pecuária bovina indicam uma estabilização em 2025. Apesar das turbulências, o agro brasileiro continua a demonstrar competitividade e capacidade de adaptação no cenário global.

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Na opinião do novo CEO da Katrium Indústrias Químicas, Anderson Lopes, tanto a perspectiva otimista do agronegócio quanto o acordo entre Mercosul e União Europeia são fatores que impulsionam a indústria química nacional. “A crescente demanda por alimentos impulsiona a necessidade de fertilizantes mais eficientes, rações de alta performance e defensivos agrícolas de última geração, todos eles desenvolvidos com produtos químicos como base essencial”, diz o executivo. “Na Katrium, estamos comprometidos em atender essa demanda investindo em inovação e sustentabilidade, contribuindo para fortalecer a competitividade do agronegócio nacional e, ao mesmo tempo, apoiar práticas que garantam um futuro mais sustentável para o planeta”.

Segundo Lopes, um dos carros-chefes da Katrium é a potassa cáustica – que tem no setor agropecuário o seu maior consumidor. “A potassa cáustica é um produto que, por conta do potássio, oferece muitos benefícios a todas as culturas agrícolas, seja nas formulações de fertilizantes, seja em produtos defensivos. Além da potassa cáustica, a eletrólise do cloreto de sódio gera o cloro e seus derivados, como o ácido clorídrico e o hipoclorito de sódio – empregado na indústria de sanitizantes”. Outro produto químico de grande importância na cadeia do agronegócio é o fosfato bicálcico, fundamental para a indústria de ração animal.

“O fósforo é o segundo macro mineral com maior concentração no organismo animal, ficando atrás apenas do cálcio.  Por ser muito reativo, o fósforo não existe como elemento livre, mas na forma de fosfatos – fundamentais para a saúde das estruturas ósseas e dentárias, além de várias outras funções metabólicas. Ou seja, trata-se de um mineral imprescindível para a vida animal”, detalha o novo CEO da Katrium – chamando atenção para a sinergia existente entre vários segmentos da economia. “São todos elos da mesma cadeia: desde o criador e produtor rural, passando pelo fabricante de fertilizantes, de defensivos agrícolas, de ração animal, até a indústria química – que fornece produtos que são a base de todas as formulações citadas”.

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