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Nos dias 13 e 14 de maio, a Associação Mineira dos Produtores de Algodão (Amipa) promoveu o evento “Circuito Técnico do Algodão: Manejo Fitossanitário para Altas Produtividades”, reunindo produtores e especialistas das regiões do Noroeste Mineiro e do Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba. O objetivo do circuito foi fomentar discussões e aprimorar as práticas agronômicas visando alcançar altas produtividades na cotonicultura.
O evento começou no dia 13 com visitas técnicas a importantes áreas de produção de algodão. Pela manhã, os 42 participantes estiveram na Fazenda Nova América Agropecuária, em Brasilândia de Minas (MG), onde puderam observar e discutir manejos específicos para regiões de baixa altitude e irrigadas. Durante a tarde, o grupo seguiu para a Fazenda Rio Verde, em João Pinheiro (MG), para debater os aspectos fisiológicos da planta e a influência de fatores bióticos e abióticos na produtividade. Ricardo Andrade, doutor em fisiologia de plantas e especialista convidado, moderou os debates técnicos, proporcionando uma visão aprofundada sobre o tema.
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No dia 14, a programação seguiu na Fazenda Experimental da Amipa, em Patos de Minas (MG). Lá, os participantes visitaram os campos de avaliação de variedades de algodão, onde foram apresentados ensaios com 24 variedades, incluindo materiais comerciais e novos lançamentos. O debate técnico focou nas características genéticas e nos potenciais de cada variedade para a produção em Minas Gerais. A troca de conhecimentos entre os 24 profissionais presentes foi essencial para alinhar estratégias e práticas que possam melhorar a qualidade e a produtividade do algodão nessa região do no Estado.
Segundo Lício Augusto Pena de Sairre, Diretor Executivo da Amipa, “a logística e a organização do treinamento foram planejadas para atender as diversas condições ambientais encontradas em Minas Gerais, com áreas de sequeiro de alta altitude e áreas irrigadas de baixa altitude. Essa diversidade exige manejos e ciclos de lavoura diferentes, o que enriquece a troca de experiências e conhecimentos durante o circuito”.
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Na avaliação do diretor, um diferencial do algodão de Minas são os trabalhos a campo desenvolvidos pela Associação, em conjunto com o Grupo de Estudos do Algodão Mineiro (GEAM) – formado por agrônomos e especialistas com experiência na cultura do algodão. “Os campos de ensaio de variedades plantados em diversas regiões do Estado, as experimentações agronômicas realizadas ao longo do ciclo da lavoura, e os circuitos e debates técnicos promovidos ao longo do ano, sobem a régua da qualidade na condução do algodão mineiro. Essa sintonia entre a Amipa e os agrônomos gestores das lavouras padronizam os manejos a campo e elevam a qualidade e produtividade do algodão mineiro”, sintetiza Lício.
Ricardo Andrade ressaltou a importância desse tipo de treinamento: “Esses encontros são fundamentais para unir a cadeia produtiva, discutir problemas comuns e fortalecer o entendimento sobre manejo, fisiologia e nutrição das plantas. Nosso foco foi abordar temas como abortamento, manejo para reduzir cavitação, estratégias para lidar com déficit hídrico e melhorar a eficiência dos nutrientes”.
O “Circuito Técnico do Algodão: Manejo Fitossanitário para Altas Produtividades” foi promovido pela Amipa sob intermediação do GEAM, com o apoio da Nova América Agropecuária S/A e Syngenta. A Amipa continua comprometida em elevar a qualidade e produtividade do algodão mineiro por meio de iniciativas como esta, que promovem o intercâmbio de conhecimentos e o desenvolvimento de soluções agronômicas inovadoras.
Grupo de Estudos do Algodão Mineiro (GEAM)
É um grupo de trabalho e de estudo, de caráter consultivo, gerido pela Associação Mineira dos Produtores de Algodão, composto por profissionais atuantes diretamente no sistema produtivo da cultura do algodão do Estado de Minas Gerais, com o intuito de promover boas práticas agronômicas e o desenvolvimento de pesquisas agrícolas, gerando informações para o agronegócio do algodão mineiro, de maneira integrada e sustentável, e atendendo às necessidades do setor produtivo.