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No primeiro bimestre deste ano, o Sistema de Consórcios apresentou continuidade no ritmo de vendas observado no ano passado. Mesmo com as férias escolares, carnaval e menos dias úteis, a maioria dos indicadores apontou crescimento, reafirmando o interesse e a confiança do brasileiro pelo mecanismo e confirmando sua importância para o desenvolvimento econômico nacional, a médio e longo prazos.
Desta forma, mesmo com as situações vivenciadas nos dois meses, houve avanços no total de participantes ativos, já verificados em anos anteriores. O volume atingiu 10,44 milhões de consorciados ativos, com nova quebra de recorde histórico, ao avançar 10,2% acima dos 9,47 milhões do ano passado.
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Com as naturais características dos meses de janeiro e fevereiro, as vendas apresentaram estabilidade, com viés de alta, e alcançaram 637,69 mil, ligeiramente acima das 637,54 mil anotadas naquele mesmo bimestre de 2023.
Os negócios, correspondentes às vendas de cotas realizadas no acumulado de janeiro e fevereiro, somaram R$ 49,45 bilhões, 17,4% acima dos R$ 42,13 bilhões registrados no ano anterior.
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O acumulado de contemplações no primeiro bimestre montou 285,80 mil, 6,5% maior que as 268,24 mil no mesmo período do ano passado.
Os créditos concedidos aos consorciados contemplados alcançaram R$ 15,23 bilhões, potencialmente injetados na economia, 18,6% sobre os R$ 12,84 bilhões do ano anterior.
O tíquete médio de fevereiro foi R$ 80,37 mil, 6,5% maior que o verificado em janeiro, quando era R$ 75,45 e 17,2% sobre R$ 68,57 mil, em relação ao mesmo mês de 2023. A crescente evolução confirmou o contínuo interesse do consumidor por cotas de maior valor, com parcelas acessíveis ao orçamento mensal.
Ao considerar o comportamento dos tíquetes médios de fevereiro dos últimos cinco anos, verificou-se aumento nominal de 72,2% na evolução dos valores médios registrados. Ao descontar a inflação (IPCA) de 33,5% do período, na relação da diferença de R$ 46,67 mil, em fevereiro de 2019, para R$ 80,37 mil, no mesmo mês de 2024, houve valorização real de 29,0%.
“Ao correlacionar os primeiros resultados constatados nos dois primeiros meses do ano e observar o aumento de conhecimento do consumidor sobre educação financeira, é possível afirmar que, com a maturidade crescente, 2024 promete, ao menos, repetir o desempenho de anos passados. Com total de 10,44 milhões de consorciados, recorde, as perspectivas sinalizam o consórcio como alternativa para os que planejam o futuro de suas finanças”, diz Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios.
“Focado no planejamento mensal das finanças pessoais, profissionais, familiares e empresariais, os interessados têm colocado o Sistema de Consórcios como alternativa real para aquisição de bens ou contratação de serviços. Após comparar com outras formas de compra parcelada, decidindo sem imediatismos e substituindo o impulso pelo planejamento financeiro, o consumidor brasileiro vem formando ou ampliando patrimônios e com realizações dos que desejam também qualidade de vida”, completa.
No cenário vivido por ocasião do início da indústria automobilística, quando da criação do Sistema de Consórcios, há mais de 60 anos, e não tendo linhas de crédito para aquisição dos primeiros automóveis, o consórcio tornou-se alternativa para o consumidor. Tanto naquela época como atualmente, além de propiciar a realização dos objetivos dos consorciados, o mecanismo auxilia no planejamento industrial nos mais diversos segmentos da economia onde está presente, reafirmando sua potencial contribuição ao desenvolvimento das diversas atividades produtivas do país.
O aumento da presença dos consórcios na economia brasileira pode ser comprovado pelos totais de consorciados contemplados com seus créditos concedidos. Nas liberações acumuladas no bimestre inicial, o Sistema atingiu 45,6% de potencial presença no setor de automóveis, utilitários e camionetas. No de motocicletas, houve 44,1% de possível participação, e no de veículos pesados, a relação só para caminhões foi de 36,2%, no período.
No segmento imobiliário, no total do primeiro mês do ano, as contemplações representaram potenciais 29,9% de participação no total de 40,24 mil imóveis financiados, incluindo recursos das cadernetas do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). Ao somar esses números com os recursos disponibilizados pelo consórcio, temos aproximadamente um imóvel adquirido pelo Sistema, a cada três comercializados.
A perspectivas para a inflação em 2024 é de 3,9%, inferior ao fechamento do ano passado que foi de 4,62%, segundo o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). Ainda há a possibilidade de a taxa básica de juros da economia, a Selic, ser gradativamente reduzida pelo Banco Central do Brasil, contudo, historicamente, foi comprovado que as flutuações na taxa básica de juros da economia não influenciam no mercado consorcial. Outro fator importante na retomada da economia está na constante retração do total de desempregados, uma reação positiva no mercado de trabalho.
Baseado no balanço do primeiro bimestre do Sistema de Consórcios, o presidente da ABAC destacou ainda, com otimismo, que “as expectativas são para, pelo menos no ano, atingir performances semelhantes ou superiores às anteriores, mais uma vez, confiamos no planejamento do consumidor”.
Com um cenário nacional apontando boas expectativas macroeconômicas, especialmente em virtude das políticas de incentivo social promovidas pelo governo, incluindo a retração gradativa do desemprego, há probabilidade de ampliação do poder aquisitivo da população, bastante positivo para o país. Neste aspecto, de acordo com estudos realizados pelo departamento econômico da ABAC, a renda das famílias é variável determinante para o desempenho do consórcio.