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A Pesquisa Nacional de Saúde, feita pelo Ministério da Saúde em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre 2013 e 2019, revelou que cerca de 90% dos brasileiros escovam os dentes até duas vezes ao dia e apenas 63% usam fio dental, escova e pasta de dente. Segundo especialistas, essa higienização está longe do ideal. Nos últimos três anos, a saúde bucal dos brasileiros sofreu impactos e houve uma piora em diversas patologias. É o que aponta a pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisas A Tribuna (Ipat), com apoio do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (Crosp).
Os dados revelaram que, na Baixada Santista, 53% dos entrevistados deixaram de fazer tratamento dentário por causa da pandemia da covid-19. Já os dados coletados pelo Ministério da Saúde, obtidos em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelaram que 55% dos brasileiros não vão ao cirurgião-dentista na frequência recomendada.
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A falta de cuidado com a saúde bucal pode trazer impactos diretos à saúde geral do corpo e do organismo dos seres humanos. Além de mau hálito e cáries, outros incômodos e dores podem surgir e comprometer a qualidade de vida. É o que explica o cirurgião dentista Dr. Paulo Coelho Andrade, mestre e especialista em implantodontia e odontologia estética. “Cárie, gengivite, periodontite e traumatismos dentários são as condições que mais acometem crianças e adultos”, afirma.
O especialista lembra que no início da pandemia houve um afastamento das pessoas, ocasionado pelas incertezas perante ao vírus e pelas medidas de restrição impostas para a segurança da população. “Após essa quebra na periodicidade de idas ao dentista, agora é hora de retomar e redobrar os cuidados com a saúde bucal. É importante reforçar que as clínicas foram preparadas para realizar atendimentos de forma segura a todos os pacientes”, ressalta.
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Por fim, o Dr. Paulo Coelho Andrade recomenda que, além da escovação correta dos dentes, que deve ser feita pelo menos três vezes ao dia depois de cada refeição, e do uso de fio dental, as pessoas visitem um cirurgião-dentista ao menos uma vez a cada seis meses. O dentista relaciona ainda a falta de higiene bucal aos casos de infarto do miocárdio.
“As bactérias presentes em bolsas periodontais ou focos dentários podem cair na corrente sanguínea, o que é chamado de bacteremia, podendo atingir as válvulas cardíacas, tendo potencial de provocar um quadro de endocardite bacteriana que pode levar ao infarto do miocárdio”, aponta.