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Desde o século XV, com a chegada dos europeus às terras brasileiras, as populações indígenas têm enfrentado vários problemas no âmbito da saúde. Eles já passaram por epidemias de gripe e sarampo, e recentemente sofreram com a gripe H1N1 e a Covid-19. Atualmente, os povos originários enfrentam uma crise humanitária entre os Yanomamis, provocada pela desnutrição e pela malária.
A Faculdade de Medicina FACERES realizará, de forma inédita na região, a 1ª Jornada de Saúde dos Povos Indígenas, marcada para o dia 27 de março. Este evento, gratuito e aberto ao público, oferece uma oportunidade única para todos que desejam participar.
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Esta é uma oportunidade para discentes e docentes promoverem um diálogo com lideranças indígenas, abordando as realidades enfrentadas por suas comunidades, suas necessidades e o conhecimento necessário que o médico deve saber para atender com excelência os povos originários.
Conforme mencionado pelo professor de Ética da FACERES, Araré Carvalho, a jornada contará com a participação de Idiane Crudzá, Kawrã Florêncio e Juá Erã. Eles estarão presentes para discutir com os presentes sobre as particularidades e demandas da saúde indígena. “É importante saber que o enfrentamento de questões de saúde da população indígena deve ser encarado levando-se em consideração as particularidades destes povos. A atenção à saúde deve ser diferenciada, conforme prevê a legislação que criou o Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (1999) e a Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas (nº 9.836/2002)”, explica o professor.
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Palestrantes:
Idiane Crudzá: Professora do idioma ancestral da Nação Kariri do Nordeste, liderança indígena do povo Kariri Xocó (Porto Real do Colégio/AL), referência nacional da educação indígena e mestra dos saberes tradicionais e naturais.
Kawrã Florêncio: Professor do idioma Dzubuká Kipeá da nação Kariri e puxador de cantos e danças. Realizador de palestra sobre a cultura de trabalhos com curas da floresta. Também é artesão.
Juá Erã: Cientista Social, Professora do Ensino Fundamental e Médio, co-representante no GT População Negra e Povos Originários do Conselho Municipal de Políticas Culturais de Rio Preto e cofundadora da Coletiva Educar Ancestral.