22 de dezembro, 2024

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Mais de 700 mil empresas fecham no 2º quadrimestre do ano

Mais de 700 mil empresas fecham no 2º quadrimestre do ano

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O último boletim do Mapa de Empresas, levantamento feito pelo governo federal e divulgado no último 26 de setembro, mostrou que 738.190 empresas foram encerradas no segundo quadrimestre de 2023. Em comparação com o primeiro quadrimestre do ano, o número teve um pequeno recuo, de 0,1%. Entretanto, em relação ao mesmo período do ano passado, o percentual é 19,8% maior. Já o saldo de empresas abertas no segundo quadrimestre chegou a 1.382.708.

A maior parte das empresas fechadas são de micro e pequeno porte, sendo a maioria de microempreendedores individuais. Um estudo divulgado pelo Sebrae no início do ano mostrou que a taxa de sobrevivência das micro e pequenas empresas é de cerca de cinco anos. Entre os principais motivos do encerramento das atividades está a falta de planejamento do negócio. Dos entrevistados, 17% disseram não ter feito nenhum planejamento e 59% afirmaram ter feito para no máximo seis meses.

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Com mais de 13 anos de experiência em administração de empresas, o gerente de negócios Juan Carlos Ormachea Reynoso chama atenção para o planejamento não apenas do negócio em si, mas para cada novo lançamento feito pela empresa, aliado a um planejamento de vendas que possa trazer resultados para todo esforço de inovação, uma característica indispensável para empresas que querem continuar em atividade.

Segundo o especialista, a estruturação de lançamento de novos produtos é um dos principais desafios de empreendedores, principalmente onde há muita concorrência. “Os empresários precisam parar para pensar hoje em dia sobre a sequência correta para ter um planejamento de lançamento de um produto de sucesso. Isto nos leva naturalmente a fazer algo que a grande maioria não faz, que é o dever de casa de estudar a fundo o mercado e começar a entender a real demanda”, diz.

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Ormachea explica que é preciso analisar se o cliente entende a proposta do novo produto e qual o tempo necessário para se adaptar a essa inovação. “Muitas vezes o produto está destinado a ser um sucesso revolucionário, mas quando chega ao mercado sem um estudo extenso de viabilidade, o fracasso vem”, atesta, comentando o exemplo de uma empresa que criou patinetes para auxiliar na mobilidade urbana, sem atentar para um estudo de mercado que demonstrasse que o público-alvo pagaria o valor proposto e sem verificar se haveria regulamentação para aquele tipo de produto, o que levou a empresa à falência.

Especialista indica 7 fatores que precisam ser observados antes de lançar um novo produto

Com experiência na criação e expansão de novos negócios, Juan Carlos Ormachea Reynoso costuma aconselhar empresários e empreendedores a observarem sete fatores que podem contribuir para o sucesso no lançamento de um novo produto e, consequentemente, para o sucesso da empresa como um todo.

Segundo ele, o primeiro deles é o investimento em sólida e detalhada pesquisa de mercado, que vai servir de base para todas as decisões subsequentes. “Essa pesquisa precisa incluir a identificação do público-alvo, análise da concorrência, compreensão das tendências do setor e avaliação das necessidades não atendidas”, informa.

O segundo fator é definir objetivos claros e mensuráveis, que posteriormente vão ajudar a avaliar o sucesso do lançamento. Entre essas métricas de avaliação estão metas de vendas, participação de mercado e conscientização da marca.

Estratégia de marketing abrangente é o terceiro fator que deve constar no planejamento de lançamento de um novo produto no mercado. De acordo com Ormachea, isso engloba a escolha dos canais de marketing, o desenvolvimento de mensagens e materiais de marketing, a alocação de recursos e a criação de um plano de ação. “O marketing deve começar antes do lançamento e continuar após ele. Hoje nosso mercado trabalha muito com divulgação mediante Whatsapp Business e anúncios nas redes sociais”, exemplifica.

O quarto fator é o desenvolvimento de produto aperfeiçoado, que consiste em aprimoramento seguindo estimativas de aceitação do mercado. O gerente de negócios Juan Carlos Ormachea ressalta que o produto precisa atender às necessidades do mercado e oferecer qualidade e diferenciação em relação à concorrência. Para isso, é preciso investir em testes rigorosos, prototipagem e feedbacks dos clientes ainda no estágio de desenvolvimento do produto.

Já o quinto fator refere-se ao treinamento das equipes de vendas, que possuem um papel fundamental no sucesso do lançamento. “É preciso fornecer treinamento adequado para que os vendedores possam transmitir eficazmente o valor do produto aos clientes. Este passo é importante na sua essência, pois a empresa pode ter o melhor produto do mundo, porém se não saber comunicar o valor dele, não conseguirá atingir as metas propostas”, ressalta.

O sexto e o sétimo fatores tratam de testes, avaliação e melhoria contínua do produto. O especialista em negócios enfatiza que é essencial acompanhar o desempenho do produto após o lançamento, coletar feedbacks dos clientes, além de avaliar o que deu certo ou não e investir em melhoria contínua. “É importante usar as lições aprendidas para aprimorar o planejamento de lançamentos futuros. Isto dará à empresa uma sequência de atuação que vai poupar muito tempo e recursos em próximos lançamentos”, conclui.

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