16 de novembro, 2024

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Campanha Setembro Amarelo visa combater o estigma do suícido

Campanha Setembro Amarelo visa combater o estigma do suícido

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O mês de setembro marca uma das campanhas voltadas à saúde, que é o Setembro Amarelo. A cor representa a campanha de esfera global dedicada à promoção da conscientização sobre a saúde mental e, especificamente, à prevenção do suicídio. Anualmente, esta causa encontra eco em instituições de saúde, organizações e pessoas que buscam desmistificar o tópico do suicídio.

A campanha mundial de conscientização de prevenção ao suicídio foi estabelecida em 10 de setembro de 2003 pela Associação Internacional para a Prevenção do Suicídio (IASP), com o apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS).

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De acordo com dados da OMS, replicados pelo Ministério da Saúde, mais de 700 mil pessoas cometem suicídio ao ano e, ainda que em algumas localidades a incidência tem apresentado declínio, no período de 2000 a 2019, a taxa mundial de suicídio diminuiu em 36%, enquanto, durante o mesmo período, nas Américas, houve um aumento de 17%. É válido ressaltar que entre jovens com idades de 15 a 29 anos, o suicídio figura como a quarta causa de morte mais comum.

Neuropsicóloga da Clínica Iizuka, Carla Ribeiro de Queiroz Iizuka, relembra que a origem da campanha remonta a setembro de 1994 nos Estados Unidos, quando o jovem Mike Emme, de 17 anos, cometeu suicídio. Mike era conhecido por seu Mustang 68 amarelo. No dia de seu funeral, amigos e familiares distribuíram fitas amarelas atadas a cartões com mensagens de apoio, para aqueles que pudessem estar enfrentando desafios emocionais. Daí surgiu o slogan “Falar é a melhor solução”. Esta iniciativa acreditava que 9 em cada 10 casos de suicídio poderiam ser prevenidos através da conscientização.

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Carla menciona: “a necessidade urgente de abordarmos esse assunto sensível é mais do que evidente. É nossa responsabilidade coletiva quebrar a barreira de estigma em torno do suicídio”, e adiciona “Esta perspectiva é vital em uma sociedade onde, lamentavelmente, o suicídio continua a ser um fenômeno que afeta pessoas de diferentes idades, origens e condições”.

A neuropsicóloga afirma que a campanha está longe de ser um apelo por atenção, a luta contra pensamentos suicidas é um sinal claro de uma pessoa em desespero profundo, buscando compreensão, apoio e ajuda, “entender isso é fundamental. Como sociedade, é nossa responsabilidade responder com compreensão, empatia e os recursos adequados”, complementa Carla. A campanha Setembro Amarelo serve como um lembrete para a capacidade e importância em compreender a valorização da vida e da saúde mental.

Carla reforça que profissionais preparados podem atuar como um “farol de esperança”. “A abordagem ideal é aquela centrada no paciente, encontrando no local de tratamento profissionais dedicados, em um ambiente seguro e acolhedor”. E finaliza: “em alguns casos, o olhar atento de familiares e amigos próximos faz muita diferença no incentivo à procura de ajuda ou em dar o primeiro passo”.

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