16 de novembro, 2024

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Programa Jovem Aprendiz apoia combate à desigualdade social

Programa Jovem Aprendiz apoia combate à desigualdade social

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São Paulo, outubro de 2023 – A Erradicação da Pobreza é o primeiro entre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) instituídos pela Organização das Nações Unidas (ONU) para a Agenda 2030 de sustentabilidade, isso por estar diretamente interligado a todos os outros. Na semana de conscientização pela Erradicação da Pobreza, é importante reforçar que o Brasil possui ações que contribuem significativamente com o objetivo global. Para que isso aconteça, programas que qualificam jovens para o mercado de trabalho, como Jovem Aprendiz, são uma ferramenta importante.

Um estudo divulgado este ano pelo SmartLab, com base na RAIS e Novo CAGED, mostra que o número de aprendizes ativos dentro do programa era de 538,9 mil em março de 2023, o que representa apenas 54,5% do potencial de contratações. Conforme as regulamentações do Ministério do Trabalho e Emprego, as empresas têm a obrigação de reservar uma porcentagem de 5% a 15% de jovens aprendizes em seu quadro de funcionários, dependendo do tamanho da empresa.

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Ao atuar justamente no processo de transição escola-trabalho, o programa é uma ação estratégica no enfrentamento à pobreza não apenas por gerar renda para os jovens, mas por trabalhar diferentes dimensões que condicionam, de forma estrutural, o potencial de desenvolvimento das suas capacidades. Para participar, além de precisarem frequentar a escola enquanto desempenham funções profissionais em empresas, os jovens participam de um programa de formação teórica, com duração mínima de 400 horas, em instituições da sociedade civil. Ao mesmo tempo em que aplicam na prática os conhecimentos adquiridos, e têm acesso a uma fonte de renda, os jovens desenvolvem capacidades intelectuais e socioemocionais, imprescindíveis para o seu desenvolvimento profissional.

Segundo Josmael Castanho, diretor de operações da Vocação, “Para que a inserção de jovens no mercado de trabalho seja sustentável não é suficiente apenas conectá-los aos empregadores, é necessário trabalhar a transformação das suas realidades de forma integrada”. A Vocação é uma das instituições que oferecem a formação teórica do programa Jovem Aprendiz. Sua atuação se concentra, principalmente, em grupos minoritários e indivíduos expostos a situações de vulnerabilidade social, visando transformar a realidade dos jovens de maneira abrangente, por meio do desenvolvimento de suas habilidades profissionais e aspectos psicossociais.

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Os dados indicam que ainda existe um caminho longo para que o potencial das políticas de aprendizagem no Brasil seja, de fato, concretizado. De acordo com Castanho, para lidar com essa dificuldade, “é necessário que os jovens conheçam as expectativas das empresas contratantes e tenham acesso a oportunidades de desenvolvimento das habilidades necessárias para cumprir estas expectativas.” Para ele, a falta de acesso dos jovens ao desenvolvimento de capacidades profissionais é um dos fatores que prejudica a sua inserção produtiva no mercado de trabalho. “A educação formal das escolas mudou muito pouco nas últimas décadas, e não evoluiu para desenvolver as habilidades socioemocionais e o raciocínio lógico dos alunos, qualidades essenciais às novas dinâmicas do mercado”, completa.

Um dado que agrava ainda mais este cenário é o alto índice de jovens que abandonam os estudos por necessidade de trabalhar, que é de 39,1% da população entre 15 e 29 anos, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do IBGE, de agosto de 2023. Por não darem continuidade aos estudos, o acesso destes jovens a oportunidades de aprendizagem profissional fica mais limitado. Como efeito, eles acabam ocupando postos de trabalho de baixa remuneração, muitas vezes informais, que não oferecem oportunidades de renda suficientes para que possam contribuir com o suprimento das necessidades das suas famílias, ou para que rompam o ciclo de pobreza em que estão inseridas.

Por isso, os programas de aprendizagem que conectam educação, trabalho e renda são essenciais para o futuro desses jovens, pois contribuem para a melhoria da qualidade de vida, ao inseri-los no mercado de trabalho. Porém, não se trata de uma solução única para a erradicação da pobreza, é preciso um esforço conjunto de governos, empresas e sociedade civil.

Em prol de colaborar no combate à desigualdade social, a Vocação atua na preparação, qualificação e desenvolvimento dos jovens com projetos voltados ao desenvolvimento socioemocional com acompanhamento familiar, à formulação de Planos de Vida nos âmbitos pessoal e profissional e por meio de mentorias voluntárias com colaboradores de empresas parceiras. Já alcançou mais de 490 mil vidas pelas atividades que desenvolve, impactando não só as crianças e jovens, mas também suas famílias e comunidades. 

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