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No dia 2 de agosto, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu cortar a taxa básica de juros em 0,5 ponto. Com isto, a Selic caiu de 13,75% para 13,25% ao ano. A notícia repercutiu em um cenário em que autoridades, como o Presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, e representantes de setores da sociedade pediam pela medida em prol do crescimento da economia nacional.
A fala de Lula, em julho, durante um evento de retomada do Programa Minha Casa Minha Vida, foi no sentido de que os juros precisam ser menores para facilitar a tomada de crédito por parte dos empresários, o que facilitará o crescimento da economia. O índice não tinha cortes desde agosto de 2020.
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No comunicado, o comitê informou que fatores como a melhora do quadro inflacionário e a queda das expectativas de inflação a longo prazo permitiram “acumular a confiança necessária para iniciar um ciclo gradual de flexibilização monetária”. Ainda segundo o órgão, há possibilidade de mais cortes de 0,5 ponto nas próximas reuniões. Ritmo adequado para controlar a inflação.
A notícia foi bem-recebida pelo mercado porque, resumidamente, juros mais baixos ajudam a baratear o crédito, incentivando o consumo e a produção. Nesta linha, Maurício Ferro, advogado formado pela PUC/RJ, com mestrado e especializações realizadas em universidades como a London School e University of London, comenta que o reajuste pode ser bem-vindo para o comércio varejista.
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”Dependendo das condições econômicas e do contexto em que essa redução ocorre pode ser altamente positivo. Uma queda nas taxas de juros reduz o custo do crédito para os consumidores e empresas. Isso pode estimular o consumo”, afirma.
Para Ferro, outro ponto importante é que as empresas varejistas frequentemente precisam de financiamento para manter seus estoques. Com juros mais baixos, o custo de manter esse financiamento é reduzido, o que pode permitir que as empresas mantenham estoques maiores e mais variados, atendendo o mercado consumidor de uma melhor forma.
Ilustrando a questão, em março deste ano a Fecomércio MG soltou nota demonstrando preocupação com a manutenção da taxa de juros (à época, ainda em 13,75%). Nadim Donato, presidente do Sistema Fecomércio MG, Sesc e Senac em Minas, afirmou que “a taxa Selic nesse patamar [13,75%] foi determinante para a desaceleração da movimentação econômica em 2022”.
Quanto às possibilidades de varejistas, o advogado Maurício Ferro comenta que a queda de juros pode também incentivar os empresários do comércio varejista a fazer investimentos em expansão, inovação e melhorias na infraestrutura das lojas. “Isso pode levar a uma experiência de compra melhorada para os clientes e potencialmente atrair mais pessoas para o comércio”, finaliza.
O Copom é formado pelo presidente do Banco Central e oito diretores do órgão e se reúne, geralmente, a cada 45 dias para a definição da taxa Selic. As próximas reuniões devem ocorrer entre 19 e 20 de setembro; 31 de outubro e 1º de novembro; e 12 e 13 de dezembro.
Para mais informações, basta acessar: www.mauricioferro.com.br