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Segundo Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM), divulgada pelo IBGE, o rebanho bovino brasileiro é composto por cerca de 218 milhões de cabeças, distribuídas em 160 milhões de hectares. A busca do setor passa por alguns objetivos: implementar novas tecnologias; diminuir os impactos ambientais da pecuária no planeta; aumentar a produtividade (e os lucros) e garantir um trato mais humanizado com o rebanho. Essa matemática, para os fazendeiros do sul do país, vem tendo, felizmente, resultados positivos.
Sinônimo de produtividade de leite, o município de Castro (PR) encabeça a lista com 426,6 milhões de litros produzidos em 2022. Esse é só um exemplo de bom manejo do gado que o Paraná mostra para o país. Já o estado do Mato Grosso é o maior estado produtor de forma geral, com 34,2 milhões de cabeças
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Dono de uma fazenda de mais de 170 hectares, o pecuarista, zootecnista e empresário agrícola Ervin Krauspenhar Neto enumera os principais motivos para que os fazendeiros do sul do país ganhem destaque nacional no trato com o gado e em sua produtividade:
– Eficiência reprodutiva: está ligado à taxa de prenhez do rebanho. Aqui, dois itens compõem essa taxa. Aumento da taxa de inseminação e de concepção das fêmeas do rebanho brasileiro;
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– Qualidade do animal: Deve ser observado as qualidades fenotípicas do animal ,marmoreio, dorso longo, volume de costela, pescoço longo e boa pelagem;
– Sustentabilidade da fazenda: fazendas que geram menos impacto ambiental, que promovem iniciativas sustentáveis, menos utilização de recursos como água e matéria prima, além de cuidado com a destinação do lixo e iniciativas de reciclagem e reutilização de dejetos provenientes do trato animal;
– Manejo racional: cuida não somente do bem-estar fisiológico do animal, mas também da parte comportamental e da qualidade de vida dele durante todo o processo. Manejo esse que tem mostrado grande impacto na melhora do rebanho e também redução de gastos com funcionários, instalações, perdas por contusões nos animais, etc.
Segundo dados da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM), em 2022, os produtos de origem animal, como leite de vaca, ovos de galinha e mel de abelha ajudaram a pecuária brasileira a atingir recordes no ano passado. O valor total da produção, que inclui ainda itens como ovos de codorna, lã, casulos de bicho-da-seda, camarão e peixes, foi de R$ 116,3 bilhões, um aumento de 17,5% em relação ao ano anterior.
Para Ervin, o crescimento que diz respeito ao número de cabeças de gado – ano passado, eram mais de 230 milhões – está umbilicalmente ligado à evolução tecnológica das fazendas. “Esse crescimento foi possibilitado por fatores como o aumento do ganho de peso dos animais, a queda na taxa de mortalidade (devido à melhora na sanidade animal), aumento na taxa de natalidade (seleção de fêmeas), redução na idade de abate e a melhoria nos índices de desfrute do rebanho, além da adoção de tecnologias em alimentação, genética (cruzamento de animais selecionados), manejo e saúde animal”, explica o pecuarista.
O empresário também pontua que, não basta somente aumentar o número de cabeças, mas também melhorar a qualidade do animal devido à grande concorrência interna e com o mercado internacional. “A raça dos animais aptos a cada região (temperatura, tipo de pastagens, topografia do terreno) a idade, o tamanho corporal, a qualidade da alimentação fornecida (alimentação balanceada) e o sistema de produção têm grande influência na qualidade da carne”, finaliza Ervin.