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A saúde mental dos adolescentes e jovens tem sido motivo de preocupação nos últimos anos. Estudos recentes indicam um aumento expressivo de casos de transtornos mentais, como ansiedade e depressão, em indivíduos dessa faixa etária.
Dados divulgados pela Agência Brasil sobre o Relatório Mundial da Saúde mostram que do total de pessoas com transtorno mental no mundo (cerca de um bilhão), 14% corresponde aos adolescentes. O “Estudo sobre a estruturação do ego e da personalidade de adolescentes que se automutilam” mostrou que 83% dos casos são motivados por conflitos familiares não resolvidos. Destaca-se também a negligência por parte dos responsáveis, que não encaminham os jovens a nenhum serviço de saúde mental, passando de 50%. Na maioria dos casos, quem diagnosticou ou identificou a prática da autolesão foi um professor e não os pais.
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Em números publicados pela Organização Pan-Americana da Saúde, metade de todas as condições de saúde mental se inicia aos 14 anos, entretanto, não costumam ser detectadas e nem tratadas. Além disso, em pessoas de 10 a 19 anos, as condições de saúde mental são responsáveis por 16% da carga global de doenças e lesões auto provocadas.
Gabriela Mazzei, cofundadora da empresa Empoderamento Adolescente, Mestre em Psicologia Educacional e Psicanalista, esclarece que a saúde mental é influenciada por uma combinação de fatores biológicos, psicológicos e sociais.
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Ela ressalta que o uso excessivo de dispositivos eletrônicos é uma das possíveis causas do aumento exponencial de desordens mentais nessa fase. “A exposição constante às telas pode levar o adolescente ao isolamento social, à comparação excessiva, ao consumo de conteúdos inapropriados para a idade, a uma autocobrança desproporcional e busca pela perfeição, fatores que podem afetar a saúde mental dos jovens.”
Com efeito, um estudo da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, apontou que o uso abusivo de redes sociais está ligado a mudanças no cérebro dos jovens e na maneira como eles respondem ao mundo ao seu redor. A pesquisa, que acompanhou 169 jovens de 13 a 17 anos ao longo de três anos, indicou que os cérebros dos adolescentes que verificavam as redes sociais com frequência (mais de 15 vezes por dia) tornaram-se mais sensíveis neurologicamente a recompensas e punições sociais.
Para amenizar essa tendência de crescimento dos transtornos mentais em jovens, Mazzei salienta a importância do adolescente aprender “habilidades essenciais” para navegar de forma segura no mundo atual, como, superação de desafios, manejo do estresse, gestão emocional, autoconfiança e expressão de pensamentos/sentimentos.
Para saber mais, basta acessar www.empoderamentoadolescente.com.br