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As fintechs, startups voltadas para serviços financeiros nas áreas de crédito, bancos e contas digitais, gestão financeira, meios de pagamento, investimento etc., seguem no Brasil a guinada global e já somam perto de 1,5 mil empresas. Um relatório lançado por empresa de cibersegurança apontou recentemente que o número de pessoas que têm conta em bancos tradicionais e digitais passou de 15% (2018) para 77% (2023) – evidenciando a popularidade das fintechs. Em contrapartida, o segmento de serviços financeiros concentra 40% dos ciberataques que tentam obter informações confidenciais dos clientes.
Estudo da Distrito revela que a “fintechização” – neologismo criado a partir da tendência de crescimento das fintechs – já é uma realidade e tem despertado em empresas com outros core businesses o desejo de ter seus próprios serviços bancários, baseadas no conhecimento dos hábitos e padrões de seus clientes, além de facilitar o processo de compra e representar uma nova fonte de receita. Com perspectiva de crescimento, as fintechs investem em tecnologia para desenvolver soluções cada vez mais customizáveis, capazes de atender as mais diversas demandas. Nesse sentido, também se apoiam na inteligência artificial (IA) para monitorar transações e assegurar a privacidade dos dados de seus clientes.
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De acordo com Tony Petrov, diretor jurídico da Sumsub – plataforma global de verificação de ciclo completo que lançou este ano um guia gratuito para fintechs – empresas que não monitoram as transações que ocorrem em suas plataformas estão mais vulneráveis à lavagem de dinheiro, fraudes e outros crimes financeiros. “As plataformas fintech coletam e lidam com grandes volumes de dados de transações. A IA pode usar esses dados para construir modelos de aprendizado de máquina, melhorando sua precisão na detecção de tendências de fraude”.
De acordo com o executivo, o monitoramento de transações é um processo contínuo, usado para detectar transferências e transações duvidosas feitas em moedas digitais ou fiduciárias. Afinal, as estratégias usadas pelos fraudadores acompanham as novas tecnologias. Dependendo do perfil de cada fintech, é possível criar regras de monitoramento de transações considerando o tipo de cliente, padrões de transação e muitos outros fatores passíveis de fraude. “Nosso guia oferece um checklist para orientar as empresas na customização da melhor solução de monitoramento de transações, alertando para os riscos específicos associados ao monitoramento insuficiente”.
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Petrov explica que, hoje em dia, as fintechs têm à sua disposição vários recursos avançados para combater fraudes. “Nossas estatísticas internas, baseadas na análise de milhões de verificações de identidades globais, mostram que 70% das fraudes ocorrem após o estágio KYC (know-your-client). Com o uso de inteligência artificial, verificamos mais de 14 mil tipos de documentos de identidade de todas as partes do mundo”.
Nesse sentido, o especialista diz que uma plataforma de ciclo completo realiza verificações cruzadas dos dados do usuário em todas as etapas, consolidando o perfil de risco do usuário. “Uma abordagem centrada no perfil do usuário permite checar os dados e combater a fraude durante toda a jornada do usuário, eliminando a necessidade de vários provedores de serviços e aumentando a produtividade das equipes internas”.