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De acordo com o relatório anual Global Powers of Construction (GPoC) da Deloitte Global, o setor global da construção deve continuar a expandir em um ritmo mais rápido do que a economia em geral, com uma taxa de crescimento média global de 3,2% ao ano no período de 2021 a 2023, a medida que o mundo se recupera da crise sanitária envolvendo a pandemia nos últimos anos.
O relatório, que também analisou a indústria de construção em todo o mundo e avaliou as estratégias e o desempenho das principais empresas de construção listadas em bolsa durante o ano de 2020, mostrou que as empresas do setor devem priorizar a inovação e a adoção de novas tecnologias, buscando melhorar a eficiência operacional. Essas medidas, combinadas com aprimoramentos nos processos de contratação e licitação, devem permitir que as empresas de construção alcancem uma rentabilidade sustentável.
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Os dados positivos para a indústria da construção apresentados no âmbito global, também podem ser observados em estudos recentes realizados no Brasil. No setor da construção civil, a perspectiva para 2023 é positiva. De acordo com o informativo da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), prevê-se um crescimento de 2,5% no setor da indústria da construção no próximo ano. Essa projeção é baseada no crescimento consistente do mercado nos últimos dois anos e na análise contínua do ciclo de negócios do mercado imobiliário, que demonstra uma demanda habitacional sólida.
O relatório ressalta ainda que nos últimos dois anos (2021/2022), o setor da construção civil teve um progresso significativo, com um crescimento de 17,7%, em comparação com o crescimento de 8,2% da economia nacional. Apenas nos últimos 12 meses, encerrados em setembro de 2022, a indústria da construção registrou um aumento de 8,8%.
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Ainda sobre o mercado nacional no setor da construção, um estudo recente revelou que o segmento de vendas de máquinas e equipamentos para construção civil está experimentando um período de recuperação e crescimento, com potencial de aumento nas vendas em 2023. O 17º Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção, conduzido pela Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema), estima um aumento de cerca de 4% nas vendas em 2023, tanto para o segmento de máquinas da linha amarela quanto para todo o setor de equipamentos para construção.
Com relação ao potencial de mercado para a venda e locação de equipamentos para construção civil, o estudo indica a existência de aproximadamente 30 mil empresas especializadas em locação de equipamentos no mercado brasileiro, o que corresponde a cerca de 30% das vendas de máquinas da linha amarela. Além disso, o estudo aponta que a capacidade de faturamento desse segmento é estimada em R$ 21 bilhões por ano, equivalente a 0,26% do PIB.
Anualmente, a Sobratema realiza uma análise do mercado brasileiro de equipamentos para construção, com o objetivo de examinar as tendências e perspectivas desse setor. A pesquisa se baseia em questionários respondidos e informações fornecidas por fabricantes, distribuidores e empresas de locação de equipamentos em todo o país.
José Antônio Valente, diretor da empresa de locação de máquinas Trans Obra que atende a construção civil, afirma que a indústria brasileira de máquinas e equipamentos deve estar preparada para o aumento da demanda nos próximos anos e que o investimento na melhoria dos processos, tecnologia e treinamento de colaboradores é essencial para as empresas do setor. “A crescente demanda da indústria da construção civil deve causar nas empresas o compromisso com a melhoria dos processos, produtos e serviços oferecidos para que haja qualidade e eficiência nas entregas e com isso toda indústria contribui para o avanço dos resultados, desde de oferecer produtos como grandes máquinas e equipamentos de médio e pequeno porte na venda ou locação de marteletes, andaimes, motores, compressores, bombas e muitos outros”.
Sobre o setor de locação de peças, máquinas e equipamentos para construção civil, um relatório divulgado em março deste ano pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) apresentou dados sobre o desempenho do setor industrial brasileiro de máquinas e equipamentos no mês de fevereiro. Conforme o levantamento realizado, a receita líquida do setor teve um crescimento de 7% em relação a janeiro, totalizando R$ 21,766 bilhões.
Entretanto, em fevereiro de 2023, houve uma diminuição de 7,8% em relação ao mesmo mês de 2022, representando a nona queda consecutiva nesse aspecto. Como consequência, no primeiro bimestre do ano, o setor experimentou uma retração de 7,1%. Em comparação ao período de maior volume de vendas entre 2010 e 2013, o ano de 2023 iniciou com uma redução de 30,9%.