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No panorama global dos produtos de beleza, o Brasil aparece no topo como líder nas exportações, reforçando sua posição como um polo influente na indústria dos procedimentos estéticos.
Segundo a Associação Brasileira da Indústria, Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), em 2023 as exportações atingiram a maior marca da série histórica iniciada em 1997 (dados as SECEX/MDIC), com alta de 17,4% e um valor recorde de US$911,2 milhões. Em importações, o resultado total foi de US$830,4 milhões, aumento de 12,1%. A balança comercial do período fechou com superávit de US$80,8 milhões, crescendo 130,2% sobre o ano anterior.
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Grandes marcas nacionais como O Boticário, Quem Disse, Berenice?, e Truss, do Grupo Boticário, têm expandido suas operações para países da Europa, Ásia e América do Norte, enquanto marcas mais jovens e nativas digitais, como a Simple Organic, também conquistam espaço internacionalmente.
Este avanço exponencial não só fortalece a presença internacional dos produtos brasileiros, como também cria um ambiente propício para profissionais de estética e bem-estar atuarem no exterior. “O Brasil é referência não apenas por seus cosméticos, mas também pela qualidade de seus profissionais no ramo da beleza”, afirma Fernanda Linhares, Superintendente Internacional do Conselho Nacional de Profissionais de Beleza do Brasil e fundadora do Wonderful Beauty Group, baseado na Flórida.
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Presente no mercado americano desde 2012, o grupo presta consultoria para brasileiros interessados em validar certificados profissionais para trabalhar nos Estados Unidos. “Existe uma grande demanda por especialistas dessa área no país”, afirma Fernanda. Além de assessorar na exportação de mão de obra do Brasil, o Wonderful Beauty Group também forma profissionais estrangeiros interessados em aprender técnicas brasileiras como alongamento de unhas e depilação com cera (conhecida nos EUA como “Brazilian wax”), entre outras. “Profissionais de outras nacionalidades querem saber o segredo dos brasileiros para alcançar tanto sucesso no setor”, afirma Fernanda.
Não por acaso, o turismo estético vem ganhando destaque no Brasil, com possíveis leis em discussão para atrair investimentos estrangeiros e injetar bilhões na economia, de acordo com o Ministério do Turismo. Segundo dados da Patients Beyond Borders publicados pela IstoÉ, pelo menos 7% dos procedimentos realizados no Brasil são efetuados em estrangeiros.
Em 2024, a BAPS (Brazilian Association of Plastic Surgeons) prevê um impacto internacional ainda maior em virtude da nova resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que atualizou as regras para publicidade médica no Brasil. De acordo com as determinações, a partir de 11 de março, médicos poderão divulgar fotos de “antes e depois”, valores cobrados por consultas, explicar como funcionam tratamentos nas redes sociais, “desde que não tenham características de sensacionalismo ou concorrência desleal”. A informação é do Medicina S/A.