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A tecnologia ajuda a trazer novas possibilidades para a sala de aula. Além de aproximar estudantes de outras fontes de informação, permite que professores explorem diferentes recursos para transmitir conhecimento. Quem também ganha com isso são as instituições, que passam a oferecer educação de maior qualidade. Mas como a tecnologia vem sendo usada no ensino brasileiro?
A filial brasileira da BlinkLearning, empresa espanhola de tecnologia em desenvolvimento de soluções para educação, apresentou na última quarta-feira (25), o VII Estudo Global sobre o uso da tecnologia na educação – relatório Brasil 2022, em evento realizado no MIS, em São Paulo. A pesquisa tem apoio do Ministério da Educação e ajuda a identificar as tendências e registrar a evolução dos hábitos tecnológicos no ensino.
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Pioneiro no Brasil, quase 43 mil professores responderam ao questionário voluntariamente, entre dezembro de 2022 e janeiro de 2023, e 86% afirmou usar algum tipo de material digital em suas aulas, principalmente, como apoio (64%). O dispositivo mais usado pelos alunos em atividades educacionais é o celular, conforme apontado por 46% dos entrevistados.
De cada 10 centros educacionais, seis integraram, de algum modo, a tecnologia nas salas de aula e mais de 80% dos docentes consideram que o uso da tecnologia melhora os níveis de motivação dos estudantes, sobretudo devido à possibilidade de acesso a conteúdos mais atraentes, com recursos interativos e dinâmicos.
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“Estamos vivendo um momento de transformação da educação e a tecnologia não é mais percebida como um mero complemento, mas como potencializadora da aprendizagem. A digitalização do ensino implica em novas descobertas, investimento e capacitação para garantir uma educação mais inclusiva e a aprendizagem adaptada ao mundo atual”, explica Gabriel Meirelles, diretor da BlinkLearning Brasil.
O ensino brasileiro ainda apresenta dificuldades relacionadas à conectividade, infraestrutura e formação – a maioria dos professores começou a usar as tecnologias por conta própria, desde a pandemia da Covid-19, e a falta de capacitação em habilidades digitais é uma das dificuldades encontradas por eles.
Adaptar o processo de ensino a uma modalidade on-line e melhorar a formação em competências digitais são as principais exigências que a pandemia revelou. Os professores consideram que o principal desafio ao uso da tecnologia na sala de aula é a falta de dispositivos suficientes (73%) e, apesar das dificuldades, 72% recomendariam a instituição a iniciar um projeto tecnológico.
De acordo com o estudo, a incapacidade de desconectar-se das redes sociais é o principal déficit acadêmico dos estudantes ao utilizar a tecnologia nas atividades acadêmicas e para melhorar o ensino é preciso reduzir as salas de aula superlotadas, conforme apontado pelos entrevistados.
A pesquisa também foi aplicada na Espanha, México, Peru e Colômbia e, no comparativo com esses países, o Brasil é o que menos integra a tecnologia em sala de aula.
“O objetivo do estudo é avaliar aspectos como o papel das tecnologias da informação e comunicação nos centros educacionais e traçar um panorama geral sobre o uso da tecnologia no ensino brasileiro, dando voz aos grandes protagonistas quando o assunto é educação, os professores”, destaca Meirelles.
A BlinkLearning é uma empresa espanhola de tecnologia especializada em desenvolvimento de soluções para educação, com presença no Brasil, México, Colômbia, Peru, Argentina, Chile, entre outros. Há sete anos aplica a pesquisa Estudo Global sobre o uso da tecnologia na educação em diferentes países.