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Informativo da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), avalia que a indústria da construção prevê um crescimento de 2,5% em 2023. Projeção que considera uma evolução no mercado consistente nos últimos dois anos, além de avaliar o ciclo de negócios do mercado imobiliário que está em andamento e, segundo o informativo, demanda habitacional sólida.
Ainda sobre o relatório, os dados mostram que no último biênio (2021/2022), o setor da construção civil avançou 17,7% ante 8,2% da economia nacional. Somente nos 12 meses, que foram encerrados em setembro de 2022, a construção cresceu 8,8%.
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O relatório avaliou que desde junho de 2022 houve uma desaceleração dos custos da construção com maior destaque para redução dos preços dos vergalhões e arames de aço ao carbono. Ainda sobre custos de mão de obra e matéria-prima, dados publicados pela FGV sobre o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) mostraram que os números fecharam no ano de 2022 com alta de 9,40%, menor que os 13,84% registrados no ano anterior.
Com relação aos dados de biênio, no setor da construção civil, os custos com materiais e equipamentos de construção aumentaram 52,50% no período de julho de 2020 a novembro de 2022, segundo o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC). No mesmo período, a inflação oficial no Brasil registrou aumento de 20,82%. Apesar disso, o otimismo no setor também se deve ao fato de ter ocorrido uma desaceleração das elevações do custo da construção desde junho de 2022.
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José Antônio Valente, diretor da empresa de locação de equipamentos Trans Obra, afirma que com o crescimento no setor da construção civil, outros setores poderão acompanhar a expectativa de crescimento já em 2023, incluindo negócios como aluguel de maquinas, aluguel de betoneiras e equipamentos de grande porte para construção civil. “Com o crescimento e os resultados na indústria da construção, o setor de locação de equipamentos deve acompanhar números positivos em faturamento e as empresas que fazem parte dessa indústria devem estar preparadas para oferecer serviços e produtos que atendam imediatamente a crescente demanda no mercado, principalmente depois do período de pandemia”.
Sobre o setor de aluguel de equipamentos para construção civil, o 17º Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção, realizado pela Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema), apontou que o setor de equipamentos para construção vive um momento de retomada após a crise econômica que afetou o país nos últimos anos.
Anualmente, a Sobratema realiza um estudo sobre o mercado brasileiro de equipamentos para construção, com o objetivo de analisar as tendências e perspectivas desse setor. A pesquisa é baseada em informações fornecidas por fabricantes, distribuidores e locadores de equipamentos em todo o país.
De acordo com a entidade, é esperado que o mercado de equipamentos para construção continue crescendo no futuro, impulsionado pela retomada de grandes obras de infraestrutura e pelo aquecimento do setor imobiliário. Além disso, a Sobratema enfatiza a importância da inovação e da tecnologia no desenvolvimento do setor, com a busca por equipamentos cada vez mais eficientes e sustentáveis.
Sobre o investimento no setor, existe expectativa de que programas sociais como o Minha Casa Minha Vida contribuam para alavancar os resultados da indústria da construção civil ainda em 2023. Sobre o assunto, o Ministro das Cidades Jader Barbalho Filho garantiu o investimento de R$ 10 bilhões de reais no programa habitacional em 2023. Além disso, o presidente da CBIC José Carlos Martins afirmou que os resultados podem começar a ser vistos a partir do segundo semestre de 2023. “Para fazer com que o país cresça realmente, para que ele tenha desenvolvimento social, desenvolvimento humano, é necessário investimento para gerar resultado futuro para as pessoas”.
A atual fase positiva do segmento é atribuída a diversos fatores, incluindo a recuperação após o período de pandemia, a desaceleração dos custos de materiais de construção e a melhoria da economia brasileira. Adicionalmente, a estabilidade observada nos últimos dois anos e a elevada demanda no mercado imobiliário exercem uma grande influência neste cenário.