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O setor de joias foi bastante impactado durante a pandemia, devido à falta de realização de eventos presenciais, resultando na perda do poder de compra entre os consumidores. Uma pesquisa, realizada pelo IBGM (Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos), aponta que em 2021 o setor arrecadou US$ 4,5 bilhões, 20% a mais do que no ano anterior. Já o relatório da Brazil Jewelry Market Industry, publicado pela Mordror Intelligence, indica que a expectativa para os próximos anos é que o segmento cresça anualmente 1,79% até 2027.
De acordo com o Ministério da Economia, ainda em 2021, as importações subiram 5%, chegando a US$ 64,5 milhões. Além disso, quase 21% das vendas de fim de ano de 2021 foram realizadas por meio do e-commerce, conforme relatou a Brasil Gemas. Outro estudo realizado pelo IBGM, coDCFFm 261 indústrias ligadas ao mercado de joias, aponta que o Brasil está no ranking dos 15 maiores produtores de peças em ouro, com um total de 22 toneladas de joias criadas e comercializadas.
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A designer de joias Telma Costa Fanuchi, da Escola de Joias, avalia a previsão do crescimento anual do segmento feito pelo instituto. “Acredito que a grande motivação dos empresários do setor da joalheria está na criação e comercialização de produtos mais adequados aos seus públicos”, afirma.
“O advento da internet trouxe a possibilidade de cada marca ter mais certeza de quem é o seu público, pois as ferramentas digitais ajudam muito a fazer essa investigação”, completa, ressaltando que, desta maneira, cada marca consegue ser mais assertiva em seus lançamentos e o público se torna mais fiel à marca.
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Para Telma Costa, um outro ponto positivo é o avanço da tecnologia no setor joalheiro, que possibilita a produção de joias mais leves, com mais facilidade de produção, isso afeta diretamente o preço, tornando a joia mais acessível para novos consumidores.
“Mais um ponto positivo é o crescimento das joias em prata, que, sendo um produto de primeiro preço nas joalherias, traz um novo consumidor para a experiência do consumo de luxo e posteriormente passa a consumir joias em ouro”, revela.
A designer de joias aponta quais tendências podem ganhar força para os próximos anos, destacando o crescimento das joias feitas com tecnologia de fundição direta, possibilitando novos modelos, principalmente com efeitos 3D. “Esses efeitos possibilitam formas mais orgânicas e originais”, disse.
Segundo a especialista, outro destaque é o apelo ao clássico, ao slow fashion, que busca peças com mais DNA e um ciclo de vida maior. “Vejo a joalheria com muito otimismo, a grande maioria das indústrias passaram por uma reestruturação após a pandemia e tomaram consciência da importância do marketing e do desenvolvimento durante esta fase”, ressalta Telma Costa.
Ainda de acordo com a designer de joias, as novas gerações que estão assumindo essas indústrias também ajudam a tornar esse cenário mais otimista, pois estão mais preparados para o novo modelo de consumo.