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Comumente o sorriso é tido como o cartão de visitas de uma pessoa, portanto considera-se que um sorriso em bom estado pode gerar um bem-estar tanto para o portador deste, quanto para as pessoas que o encontram. De fato, há muitos cuidados que são necessários para com a saúde bucal que vão além da estética, como a limpeza e conservação da arcada na idade adulta. No entanto, a questão estética influencia muito na autoestima dos cidadãos, que também se relaciona com a saúde psicológica, por exemplo.
No Brasil, a desigualdade social está impressa também na dentição de seus habitantes. De acordo com o IBGE, 11% dos brasileiros não possuem nenhum dente na boca, sendo esse grupo composto especialmente de idosos. Esse problema social se baseia em algumas contradições como, por exemplo, falta de profissionais de saúde bucal em regiões mais afastadas dos grandes centros, falta de conscientização da população sobre cuidados e higiene bucal e, principalmente, pela falta de recursos de grande parte da população em ter um atendimento especializado de maneira acessível, visto que a maior parte de procedimentos odontológicos é feita em clínicas particulares e somente 30% dos atendimentos são feitos pelo SUS.
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Desse modo, muitos profissionais buscaram se especializar e implementar técnicas de restauração e próteses dentárias a fim de democratizar e tornar mais acessível procedimentos antes distantes das possibilidades de grande parte da população.
Aumento da profissionalização e oferta
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Em suas primeiras aplicações – e se tratando de uma novidade tecnológica, as facetas dentais não escaparam da alta precificação justificada pela complexidade do procedimento e falta de disseminação do procedimento dentro do mercado odontológico. Isso também tem impacto no tipo de público que consegue ter acesso ao tratamento. Ainda assim, o inevitável crescimento da profissionalização e indústria voltada para fabricação de novos itens do mercado em questão levaram a uma considerável mudança de cenário.
“As facetas surgiram com valores onerosos e o tratamento era exclusivo para pessoas com condições sociais elevadas. Com o aumento da especialização na técnica por parte dos profissionais, a indústria cresceu”, explica Allan Caetano, cirurgião dentista com quase uma década de experiência em próteses e facetas dentárias. O especialista também pontua que com “mais fabricantes produzindo materiais de baixo custo, mas alta qualidade, nos últimos dez anos a oferta deste procedimento aumentou, o que ocasionou a diminuição do seu preço”.
Nesse sentido, as lentes de contato de resina ou porcelana têm ganhado o gosto de muitos que não tinham acesso a um sorriso satisfatório. Allan também chama a atenção para a importância de considerar a aplicação de facetas como um “gancho” para tratar de outras questões bucais ligadas à saúde e não apenas estética. “O avanço das tecnologias odontológicas possibilitou uma democratização gigante e hoje muitas pessoas podem cuidar dos sorrisos e, a partir disso, ter uma avaliação também das demais demandas de saúde bucal”.
O cirurgião atenta para alguns cuidados como uma aplicação. Um profissional qualificado é indispensável, pois a má condução do procedimento pode gerar desconfortos e problemas periodontais. “A aplicação de facetas é recomendável para quem precisa restaurar a estrutura externa dos dentes de modo a tornar ainda mais satisfatória as funções cotidianas. Nesse sentido, as facetas, além de trazer um resultado visual mais belo ao sorriso do paciente, também o insere em uma rotina de manutenção, possibilitando um cuidado mais geral com a dentição”, afirma Caetano.
Enfatiza o odontólogo, ainda, que antes do paciente tomar a decisão de fazer os implantes de facetas, é necessário que este esteja disposto a realizar a manutenção devida para que o resultado seja favorável. “Mesmo com as facetas, é preciso haver a higiene correta dos dentes, com escovação e uso de fio dental. Alguns alimentos também podem danificá-las: como muito café, corantes alimentares, bebidas ácidas, alimentos duros. Hábitos que prejudicam os dentes devem ser evitados também, como abrir latas com a boca ou ranger as unhas e os dentes”, adiciona Allan.