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A imigração de brasileiros para outros países é um processo que apresenta muitos desafios para quem escolhe viver fora do país. As adversidades resultantes são, em alguns casos, basicamente consequências da situação de fragilidade em que se encontra a maioria dos brasileiros tanto por permanecer e trabalharem no país escolhido sem o visto necessário, quanto pela arriscada passagem que ocorre na fronteira mexicana para os Estados Unidos, ou mesmo por diferenças culturais e linguísticas quando chegam ao país norte americano. Mesmo assim, os EUA continua sendo o primeiro destino dos brasileiros que buscam principalmente uma melhor qualidade de vida.
Segundo as estimativas do Ministério das Relações Exteriores, os principais países de destino dos brasileiros são Estados Unidos, Portugal, Paraguai, Reino Unido e Japão, que juntos respondem por 78% de todos os imigrantes brasileiros, segundo estimativas do Itamaraty. Além disso, os Estados Unidos são o primeiro país de destino dos brasileiros, com uma estimativa de 1.775.000 residentes no país.
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Um dos aspectos que instigam e afloram a iniciativa de sair do país para viver em outro país, é a situação econômica de origem. E, nessa área, o Brasil tem apresentado resultados desanimadores há alguns anos. O atual PIB (Produto Interno Bruto) per capita do país é o mesmo do que o de 12 anos atrás, ou seja, mais de uma década de estagnação. A inflação até o final do ano de 2023, deve atingir 5,23%, segundo dados do Banco Central (BC).
Segundo informações da Rana Financial, alguns motivos têm sido constantes entre brasileiros, passando desde frustrações e sentimentos negativos, até mesmo a motivação esperançosa de buscar um sonho, como, indignação e descrença com a realidade política e social do Brasil, conquista de bens materiais mais rápida, construir e usufruir de qualidade de vida para o futuro, dar uma educação de qualidade para os filhos, qualidade de vida maior para toda a família, aprender uma nova cultura e poder de compra alto.
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Para o brasileiro Lucio Santana, ao qual deixou seu país muito cedo para tentar uma nova vida nos EUA e hoje tornou-se um case de sucesso: “Falta de emprego, inflação, aumento da miséria, instabilidade econômica, causam o sentimento de prejuízo e injustiça, obrigando as pessoas a tentarem mudar sua realidade, e algumas tentam aqui uma oportunidade”.
Mas há também a parte da população que possui condição financeira no Brasil, porém atraídos por maior qualidade de vida e investimentos lucrativos, buscam viver nos EUA. A decisão de se mudar para outro país, porém, não se baseia somente na situação econômica. Pesam também os contatos pessoais que cada um possui e o desejo de tentar fazer a vida em outro lugar.
Maior potência econômica do mundo
Uma das principais razões para escolher o mercado americano é o fato de ele ser o maior do mundo, como dados da BBC. Vale destacar que os Estados Unidos têm a economia mais forte do planeta, resultado de décadas de consolidação.O mercado dos EUA não é apenas o maior do mundo, mas também oferece maior solidez para quem o escolhe.
O fato de o mercado dos Estados Unidos ser tão consolidado faz com que ele disponha de muitas possibilidades para o investimento. Na prática, há como encontrar uma grande variedade de aplicações, ativos e derivativos.Também é possível se expor a outros países por meio de alternativas negociadas no mercado dos Estados Unidos.
Diversificação de investimentos
Para os investidores brasileiros, escolher o mercado americano é uma forma de explorar as vantagens da diversificação da carteira. Segundo a OTB Invest, os pontos principais são a diluição de riscos e o aumento do potencial de ganhos quando os recursos não estão concentrados em apenas um mercado.
O principal motivo para isso é a descorrelação entre o mercado brasileiro e os investimentos ligados ao setor americano. Afinal, é pouco provável que uma decisão ou um fato ocorrido no Brasil afete o desempenho dos Estados Unidos, por exemplo.
Exposição cambial
Outro aspecto que deve ser considerado é que o investimento no mercado americano permite expor recursos à variação cambial e dolarizar parte da carteira, como conta a Gesplan. Assim, se o câmbio da moeda subir, os rendimentos seguirão esse movimento.
Isso é essencial para mitigar os riscos, pois parte do patrimônio passa a ter proteção contra as oscilações cambiais. Em momentos de grande variação do câmbio, isso pode fazer a diferença para a carteira.
Ainda para Lucio Santana, os principais motivos para brasileiros sejam com condições financeiras ou aqueles que buscam mudar de vida, são as oportunidades que o sonho americano pode gerar: “As instabilidades políticas e econômicas do Brasil causam insegurança para os investidores brasileiros e estrangeiros, com o aumento de impostos sobre pequenas e grandes fortunas, os investidores não enxergam vantagens em investir no Brasil. Nos EUA, além de ser uma economia confiável, há a valorização do dólar e maior liberdade econômica, geração de renda e consequentemente de lucro”.