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O brasileiro Wellington Lessa Guedes vive na França há 19 anos e passou, recentemente, por um drama familiar em viagem de férias ao Brasil. O seu filho caçula de 17 meses ingeriu, acidentalmente uma bateria, sem o conhecimento da família, e sofreu graves complicações. Na chegada ao país, a criança começou a passar mal e a apresentar sintomas como febre, falta de apetite, perda de equilíbrio e dificuldade para respirar.
Em entrevista concedida à rede Americas, a família contou que fez uma parada em um hospital na cidade de Nova Esperança (PR) e um exame de raio-X mostrou que Liam, de apenas 1 ano e meio, havia ingerido uma moeda. Logo em seguida, a criança foi encaminhada para outra unidade hospitalar em Maringá para realizar um procedimento de remoção do elemento. Para a surpresa e desespero de todos, os resultados dos novos exames trouxeram outro diagnóstico muito mais grave. O bebê na verdade, havia ingerido uma bateria de lítio perigosa e que, de acordo com a equipe médica local, poderia corroer o seu organismo. Pelo estado crítico e a suspeita de ingestão da bateria há mais de 15 dias, ainda na França, os médicos alertaram a família que existia o risco de morte por complicações mesmo após o procedimento da remoção da bateria por endoscopia de emergência.
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Com duas semanas de internação, Liam entrou em estado crítico e a família decidiu acionar o Consulado da França e o Seguro Viagem. Imediatamente o Seguro Viagem entrou em contato com o Núcleo de Atendimento a Estrangeiros, da rede Americas. Uma megaoperação de resgate emergencial foi, então, realizada para salvar a vida da criança, que foi transferida por ambulância aérea para o Hospital Samaritano Higienópolis, em São Paulo. A unidade está apta e possui mais recursos para atender casos como este, de alta complexidade.
“O bebê chegou na unidade em estado gravíssimo, com baixo peso e foi imediatamente levado para o tratamento intensivo na UTI pediátrica da unidade. Ele estava com uma lesão grave no esôfago em decorrência da ingestão da bateria de lítio e recebeu todos os cuidados necessários para evitar uma infecção ou complicação ainda maior. A nossa equipe multiprofissional se mobilizou e tomou todas as medidas necessárias para salvar a vida do Liam”, explica o Dr. Felippe Nagata Otoch, coordenador médico da UTI Pediátrica do Hospital Samaritano Higienópolis.
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A Dra. Valéria Salles, coordenadora do Núcleo Internacional da rede Americas foi responsável pela mobilização da equipe que realizou a missão de resgate e o encaminhamento do caso. “O bebê Liam e seus familiares receberam o suporte necessário do Núcleo Internacional, do Transporte Aéreo e da equipe médica do Hospital Samaritano Higienópolis em todo o período de internação. Felizmente, o desfecho foi positivo, sem intercorrências, e o paciente já está fora de perigo e apto para retornar para a casa e finalizar o tratamento com segurança em seu hospital na França”, reforça.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria ( SBP) os acidentes domésticos representam a principal causa de morte entre crianças e adolescentes de 1 a 14 anos no Brasil. Para garantir a segurança dos pequenos e prevenir os acidentes, os especialistas alertam para a atenção redobrada dos pais, especialmente na temporada de férias que se aproxima.