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Sete em cada dez norte-americanos são a favor de que os EUA tomem medidas para que o país se torne neutro na emissão de carbono até 2050. De acordo com uma pesquisa recente do Pew Research Center, 46% dos entrevistados acreditam que atividades humanas como dirigir, tomar banho, comer e se divertir, contribuem para a mudança climática do planeta. Com um público estimado em 6,7 milhões no ano passado, peças de teatro da Broadway criaram medidas para reduzir o impacto ambiental de suas produções e, consequentemente, atender a demanda da audiência por atividades mais sustentáveis.
Lideradas pela Broadway Green Alliance (BGA), as ações vão desde a implantação de lâmpadas com eficiência energética nas fachadas e interiores dos teatros até a criação de lixeiras especiais para descarte de cerca de 17 mil libras de tecidos, deixando os resíduos dos figurinos das superproduções longe dos aterros sanitários.
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Além disso, a aliança criou o prêmio College Green Captain, com o objetivo de reconhecer alunos de teatro por iniciativas ambientais de destaque. Atualmente, 97 universidade americanas participam do programa, com 1.234 agentes-verdes na Broadway. Seguindo o exemplo da BGA, outros projetos “off-Broadway” oferecem incentivos para produções teatrais com baixa emissão de carbono.
Com a peça “Riven”, escrita com base em entrevistas feitas com catadores de material reciclável no Brasil, a diretora paulista Marina Zurita recebeu apoio de diversas instituições americanas, entre elas o The Kennedy Center for the Performing Arts, o Brooklyn Arts Council e o Target Margin Theater. “O tema da sustentabilidade ultrapassou o campo da narrativa e hoje permeia as principais decisões que envolvem uma produção de teatro”, comenta a brasileira, que apresentou a peça no BRIC Arts, em Nova York, e na Gallery APE, em Massachusetts, usando apenas material reciclável.
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De acordo com o grupo ativista Artists and Climate Change, um dos primeiros a investir em ações em prol do meio ambiente foi o musical “Wicked”, um dos mais populares da Broadway. Em 2013, o produtor David Stone resolveu adotar baterias recarregáveis nos microfones da peça, reduzindo o consumo anual de mais de 15 mil baterias para menos de cem. Inspirados pela medida, muitas outras produções adotaram as novas baterias, ação que economizou energia e dinheiro e ajudou a reduzir a emissão de carbono da Broadway em 700 toneladas por ano.