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O brasileiro tem substituído o feijão com o arroz por lanches, salgados fritos e salgadinhos prontos de pacote, principalmente, quando está fora de casa. A principal causa dessa troca —que não é exclusiva apenas do almoço— deve-se ao aumento dos preços dos alimentos.
De acordo com levantamento da Kantar, empresa de dados, insights e consultoria, desde 2019 as refeições vêm deixando de ser prioridade entre os brasileiros que se alimentam fora de casa. A preferência por salgados prontos passou de 11% em 2019 para 15% em 2022. A substituição ocorre também no café da manhã e no lanche da tarde. Dados apontam que o aumento do consumo de salgados foi de 89%, entre 2019 e 2022, nessas ocasiões.
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“Essa prática não é aconselhada, ainda mais quando se torna regular, pois salgados fritos e os ultraprocessados de pacote contêm poucos nutrientes que não se igualam aos de uma refeição completa, com proteínas, carboidratos e gordura, além de vitaminas e minerais, nas quantidades recomendadas de ingestão diária. Além disso, são mais calóricos e podem levar ao ganho de peso excessivo e ao risco de desenvolver doenças como diabetes e pressão alta”, explica Jéssica Nascimento, nutricionista da RS Serviços.
De acordo com o levantamento “Vigitel 2021”, realizado pelo Ministério da Saúde, que mapeia informações de saúde a partir do contato telefônico com pessoas de capitais de todos os estados do país, quase seis em cada dez brasileiros (57,25%) estavam com sobrepeso em 2021.
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Já a hipertensão arterial é a moléstia que mais prevalece no mundo e afeta um terço da população. Segundo a Socesp (Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo), a hipertensão está associada a 45% das mortes por doenças cardiovasculares, cerca de 400 mil por ano no Brasil.
Alimentação equilibrada – Assim, manter hábitos saudáveis e uma alimentação balanceada é fundamental para a manutenção da saúde. Por isso, a nutricionista da RS explica que a empresa preocupa-se em fornecer almoço para 170 colaboradores em refeitório na sua sede.
“As refeições são variadas e preparadas pela equipe composta por 6 pessoas, diariamente. O cardápio tem novidades todas as semanas e são ofertados entre as opções: feijão, arroz, arroz integral, saladas, verduras, ovos cozidos e sempre uma opção de carne e frango ou suíno, além de suco natural e uma fruta ou sobremesa”, lista a profissional da RS.
Os salgadinhos não são proibidos, mas podem ser substituídos por versões mais salutares, como castanhas, nozes, ovos de codorna, palitinhos de vegetais, conservas caseiras, legumes assados, antepasto de berinjela, entre outros, nas palavras dela.
Dicas da nutricionista da RS para ter uma alimentação mais saudável – A pesquisa da Kantar indica que as marmitas são preferidas na faixa etária de 35 a 44 anos de idade, e figuram entre as combinações frango, iogurtes e lanches prontos.
Assim, para os que buscam um estilo de vida mais saudável, a nutricionista da RS recomenda:
- Fontes de proteínas, como carnes (vermelha ou branca) assadas ou cozidas. Os que gostam de peixe podem apostar em pratos com sardinha fresca que é uma opção com preço baixo;
- Os grãos, como feijão, lentilha ou grão-de-bico, também são fontes de proteínas, importantes, aos que possuem dieta vegetariana;
- Fontes de carboidratos: arroz, batata, mandioca ou farinhas de milho e mandioca (sempre com moderação, no máximo, 2 colheres de sopa);
- Fontes de fibras, vitaminas e minerais: não dispensar verduras e legumes às refeições pelos seus inúmeros benefícios e
- Frutas devem ser consumidas in natura; de referência sem a adição de ingredientes calóricos como leite condensado.
Segundo ela, é importante não abusar do sal e nem das fontes de gorduras. Ela sugere experimentar novos temperos para deixar os pratos mais apetitosos, como ervas desidratadas —importante observar se não houve adição de glutamato (aditivo alimentar que realça o sabor)— e frescas.
“Faça da atividade física uma aliada e interrompa o tempo sedentário —uso de telas de televisão, smartphone ou videogames— a cada meia hora.” Além disso, a nutricionista aconselha a refletir sobre o tempo gasto indiscriminadamente nas redes sociais ao invés de adotar práticas mais saudáveis à rotina.